Ao contrário de outros integrantes da base governista, Guimarães expressou apoio direto a Mercadante. Para ele, não é necessário o afastamento do ministro. “A crise política oriunda das delações evidentemente tem impacto. Mas tem impacto na manchete. Logo, logo se dissipam e as coisas voltam ao normal. […] A gente precisa ter muito cuidado para não condenar só pela delação. O ministro divulgou trechos daquilo que não foi divulgado, reafirmou que nunca prometeu ajuda, foi muito seguro, e afirmou que está à disposição da Justiça e do Congresso para prestar esclarecimento”, disse Guimarães, acrescentando, em tom irônico: “Vamos ver se os outros citados também vão dar coletiva de imprensa para esclarecer os fatos”.
Leia também
O primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), limitou-se a dizer que a “crise é maior que o atalho que estão buscando”, fazendo referência ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que pode começar a tramitar ainda esta semana na Câmara dos Deputados. Viana direcionou suas críticas às manifestações realizadas no último domingo, e não mencionou a delação que envolve nomes da equipe do governo.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse ter sentido um “Senado diferente” nesta manhã. “Mais vazio que o comum para um dia de terça-feira”, a senadora acredita que a razão da pouca movimentação é que parlamentares estão concentrados em buscar alternativas para enfrentar a crise. “Não é simples ficar dizendo que a presidente tem que sair. Aqui parece que a coisa mais comum e mais fácil falar que a presidente já está desgastada, que ela tem uma baixa aceitação popular, não consegue unir, resolver os problemas da economia, tem que sair”, criticou a parlamentar.
Deixe um comentário