Rodolfo Torres
O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, descartou nesta terça-feira (8) qualquer relação entre a saída do PMDB do governo José Roberto Arruda (DEM) e a divulgação de um vídeo da Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal.
“A decisão do PMDB foi tomada analisando a situação em que se encontra o governo Arruda, e foi uma decisão comandada pelo deputado [Tadeu] Filippelli [DF], de maneira unânime, do diretório estadual. Não tem nada a ver com a minha repulsa a essa montagem que foi feita.”
Na gravação, divulgada na semana passada, o empresário Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, afirma que Henrique recebia R$ 100 mil mensais do governo José Roberto Arruda (DEM). (leia mais)
No vídeo, gravado no dia 17 de setembro de 2009, Alcir Collaço conversa com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal e pivô da crise em Brasília. Além de Henrique, ele menciona o nome de três deputados federais da cúpula do PMDB: o presidente da Câmara, Michel Temer (SP); Eduardo Cunha (RJ); e Tadeu Filippelli (DF).
De acordo com o dialogo, R$ 800 mil mensais eram pagos a esses deputados em troca do apoio ao governador do DF, José Roberto Arruda (DEM). Apenas Filippelli receberia R$ 500 mil. Os outros três deputados receberiam R$ 100 mil. O dinheiro viria da Novacap, empresa do GDF responsável pela urbanização de Brasília.
Mais cedo, Henrique foi à tribuna e classificou a citação de “criminosa”. O parlamentar disse que foi pego de surpresa e que vai recorrer à Justiça. “Fui surpreendido por uma denúncia torpe, absurda, bandida, criminosa, desqualificada, de um sujeito contra o qual já entrei na Justiça com uma queixa crime por calúnia e difamação. E estou entrando amanhã com outra, na Justiça cível por danos morais”, afirmou o líder peemedebista.
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