A minoria está novamente sem líder na Câmara. Apesar de ter sido indicado para o cargo ontem (7), o deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO) ficou apenas quatro horas na vaga. Após informar à bancada tucana que seu nome é investigado na Operação Aquarela – que desvendou um esquema de fraudes no Banco Regional de Brasília (BRB) – ele voltou a ser apenas o primeiro vice-líder de seu partido.
Apesar de alguns assessores afirmarem que o deputado saiu do cargo por preferir continuar na vice-liderança, a suspeita é que tenha saído por estar sendo investigado por receber notas frias da ONG Caminhar. A organização é acusada de receber recursos do BRB em troca de pagamento de propina a funcionários públicos. A assessoria de Vilela também ressaltou que ele não chegou a assumir o cargo, que foi apenas cogitado pelo partido.
Vilela negou o envolvimento com as fraudes, apesar de uma funcionária da ONG Caminhar, Jeovana Drazdauskas Silva, ter afirmado, em depoimento, que emitiu notas frias a deputados federais, incluindo o parlamentar goiano. De acordo com a funcionária, a ONG cobrava 8% do valor da nota, que seria usada para recebimento da verba indenizatória paga pela Câmara. O deputado justifica que a ONG apenas prestava serviços de informática para seu gabinete. (Ana Paula Siqueira)
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