Segundo a delação, Pessoa procurou o então ministro de Minas e Energia para que ele interviesse em favor dos interesses do consórcio da usina nuclear de Angra 3, do qual a UTC faz parte no empreendimento. A ingerência política de Lobão serviria para que a empreiteira superasse dificuldades no negócio ou conseguisse algum controle sobre o projeto, diz a reportagem. Ao custo total de mais R$ 15 bilhões, a obra deve entrar em funcionamento em 2018.
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De acordo com Pessoa, o pagamento da propina a Lobão foi feito “em duas ou três parcelas”, e foi acertado em duas reuniões oficiais entre maio e julho de 2014. Na ocasião, segundo o JN, o peemedebista teria indicado André Serwi como emissário para receber o dinheiro em seu nome. Ainda de acordo com a delação, Lobão e a família de Serwi têm “relação de muita proximidade”.
“O pai dele e o ex-ministro, ainda segundo Pessoa, foram sócios na década de 1970”, diz a reportagem, que tentou entrevista com Serwi em endereços dele e de parentes em Brasília, mas sequer conseguiu contato por telefone.
O advogado do ex-ministro diz que ele jamais autorizou qualquer pessoa a falar em seu nome, e que Ricardo Pessoa não apresentou provas do que disse. A defesa de Lobão disse ainda que seu cliente só contestaria as denúncias quando tivesse acesso aos autos do depoimento do empreiteiro, e que então esclareceria os fatos apresentados.
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