Um segundo laudo do Exército sobre os equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que vem sendo mantido sob sigilo, pode ser divulgado nesta semana. O documento, classificado pelo Ministério da Defesa como “reservado” e “confidencial”, indica se as maletas da agência podem ou não realizar escutas telefônicas.
Caso o laudo revele a possibilidade de grampos, ele irá contradizer o estudo realizado pela Polícia Federal (PF) , que nega a possibilidade de grampos pelas maletas, e confirmar as expectativas do primeiro laudo divulgado pelo Exército, que diz que os equipamentos podem realizar escutas telefônicas. Desde setembro, a CPI das Escutas Clandestinas da Câmara sinaliza tornar público esse documento.
“Essa semana, decidiremos se será aberto ou não esse laudo. O laudo apresentado pela PF indicava que os equipamentos não podiam fazer grampos, mas há uma série de ressalvas no documento”, disse ao Congresso em Foco o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), membro da CPI.
Segundo o parlamentar, a comissão deve pedir ainda outro laudo para verificar a possibilidade de grampos em equipamentos da Polícia Federal. “Essa terceira perícia será feita por técnicos de Campinas. Precisamos saber também quantos equipamentos são de posse de órgãos federais”, completou o parlamentar. (Renata Camargo)
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