O presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), adiou para as 14h a reunião da comissão na qual deverá ser lido o relatório final do deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG). O prazo regimental para o encerramento da CPI termina hoje.
Lando negocia com os líderes partidários da Câmara e do Senado apoio para prorrogar as investigações. Para isso, são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. "Fizemos contatos com as lideranças partidárias no sentido de que todos entendam o imperativo categórico, inclusive para salvar a imagem do Congresso como um todo", afirmou.
A sessão estava marcada para as 10h e foi aberta com quase duas horas de atraso devido à insistência do relator, que quer finalizar os trabalhos da CPI ainda hoje. Mas a reunião acabou derrubada por falta de quorum.
Pela manhã, o presidente da CPI recebeu o apoio das lideranças das bancadas do PMDB, do PSDB e do PFL, que se encarregaram de conseguir as assinaturas necessárias para a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 30 dias.
O prazo para o funcionamento da CPI termina à meia-noite desta quarta-feira. Abi-Ackel diz que não precisa de mais prazo e que seu parecer está pronto. Se algum deputado pedir vistas ao parecer, sem a prorrogação do prazo, a comissão pode encerrar seus trabalhos sem um relatório final.
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Em seu parecer, o relator deve afirmar que não encontrou indícios que provem a existência do pagamento de mesadas para parlamentares da base aliada votarem de acordo com os interesses do governo. No relatório, Abi-Ackel deve endossar a versão de que houve repasses ilegais a parlamentares para financiar parte de suas campanhas ou pagar dívidas.
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