De acordo com informações publicadas no portal da Câmara, são feitos pagamentos de R$ 3 mil por aluguel. A quantidade de locações varia a cada mês entre duas ou quatro. O responsável pela empresa afirmou que o escritório da locadora pode ficar em qualquer local. “Eu posso fazer escritório onde eu quiser, naquela lojinha, naquele telhado. É só eu mudar. É uma empresa formal, sempre locou e sempre loca”, disse ele à TV Globo.
O Congresso em Foco procurou Lael Varela, mas não teve sucesso na tentativa de obter esclarecimentos sobre o assunto. Entretanto, ele disse à emissora de TV que não há nada estranho no fato de, no local onde a locadora deveria funcionar a locadora, existir apenas uma pequena loja de materiais de limpeza. “É comum. Não tem nada estranho. Não tem nada ilegal. Tem nota fiscal, tem contrato bem feito. Tudo pago com cheque nominal. Tudo bonitinho”, disse ele.
Desde 11 de agosto o Congresso em Foco tem publicado uma série de matérias mostrando as distorções na utilização da cota parlamentar. Somente a Câmara já gastou mais de R$ 31 milhões em aluguéis de veículos e R$ 22,8 milhões com combustíveis e lubrificantes desde 2012. Mas o valor pode ser ainda maior, pois os deputados têm até 90 dias para prestar contas.
O destino de mais de R$ 500 mil pagos pela Câmara desde o ano passado, a locadora de carros que mais aluga para deputados pertence a Parmênio Francisco Coelho Serra, que, segundo registros oficiais, foi funcionário da Câmara de fevereiro de 2007 a janeiro de 2013. Ele diz ainda ser assessor parlamentar, mas não revela para qual deputado trabalha.
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