O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, defendeu durante a oitiva na CPI dos Cartões Corporativos, que as despesas da Presidência da República fossem sigilosas. A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), falou que gastos como um vinho ou touca de banho não poderiam ser considerados sigilosos.
Lacerda discordou da senadora. "No tocante a estes gastos é natural que o encarregado da segurança também se preocupe com o sigilo. Simplesmente achar que por ser um produto de um consumo imediato não haja a necessidade de se preocupar com ele, eu acho que é errado. Acho que é necessário esta cautela", disse.
O ex-diretor da Polícia Federal afirmou que a publicidade de todos os gastos pode sim comprometer a segurança do presidente. "O sigilo é absolutamente necessário. Não podemos ficar expostos a uma situação que venha causar algum tipo de ameaça ao primeiro mandatário do país. Até mesmo a segurança dos candidatos a presidente deve ser criteriosa. O rigor há que se ter", avaliou.
Leia também
O depoimento do diretor segue no Senado. Após, os deputados e senadores ouvem a ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. (Tatiana Damasceno)
Deixe um comentário