“Há momentos em que devemos ser capazes de transcender esses interesses em benefício de um interesse maior da sociedade. Esse será o ministério dos produtores rurais sem nenhuma espécie de divisão e segregação. Será acima de tudo o ministério dos diálogos, o ministério dos brasileiros”, disse Kátia durante o discurso de transmissão de cargo.
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Ao dizer que não haverá segregação nem divisão, Kátia Abreu tenta acenar especialmente para os setores mais à esquerda da agricultura, ligados ao MST e à agricultura familiar. Eles são os maiores críticos da indicação da peemedebista para o cargo. Assim como os ambientalistas, que reclamam da indicação da senadora por ter ganho em 2010 o prêmio Motosserra de Ouro, do Greenpeace.
Kátia também é vista como um empecilho para a reforma agrária. “O meu ministério não é o responsável pela reforma agrária, a reforma agrária é do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário]. Temos competências, cada ministério, e eu pretendo respeitar essa competência”, disse a ministra. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, esteve na cerimônia, realizada na calçada do Ministério da Agricultura.
Em entrevista após a cerimônia, Kátia Abreu respondeu indiretamente aos críticos. Desde que seu nome apareceu como favorito para assumir a pasta, ela vem enfrentando bombardeios do PT, de setores do meio ambiente e da agricultura familiar e até do PMDB, seu partido, que não se sentiu contemplado na reforma ministerial. Dos 15 peemedebistas no Senado, apenas dois compareceram à cerimônia: Valdir Raupp (RO), que é vice-presidente nacional da legenda, e o novo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (AM),
“Estamos prontos para trabalhar e ir para o bom combate. Nenhuma luta, nenhuma guerra, que venha a trazer conflitos que possam puxar o país para trás terá minha participação. Não aceitarei nenhum tipo de provocação. Quero conversar com todas as pessoas com espírito público porque fui convocada pela presidente Dilma para servir o país. É isso que eu vou fazer”, disparou.
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