O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), é acusado de impedir a instalação da CPI que investigaria o superfaturamento de merenda escolar em São Paulo. Em 2009, Kassab era prefeito da capital. Segundo depoimento de Eduardo Horle Barcellos, ex-auditor da Prefeitura e integrante da máfia do Imposto sobre Serviços (ISS), Kassab pediu ajuda do grupo para barrar a CPI na Câmara Municipal.
O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu denúncias sobre um cartel que superfaturava a compra de lanches para escolas públicas. Os vereadores paulistanos optaram por abrir uma comissão do IPTU no lugar da CPI da Merenda. A primeira foi encerrada em dezembro de 2009 enquanto a segunda nunca foi instalada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com Barcellos, Kassab agiu juntamente com o auditor da Prefeitura, Arnaldo Augusto Pereira. O líder da máfia do ISS, Ronilson Bezerra Rodrigues, coordenava a manobra política dentro da Câmara Municipal a pedido de Arnaldo. Outro apontado por ele como envolvido no esquema é Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), ex-aliado de Kassab.
Os auditores negociavam com os empresários as dívidas do ISS que estes deveriam quitar. Os fiscais pediam propina aos empresários em vez de executar a fiscalização e cobrar a multa. Caso os administradores aceitassem subornar os auditores, estes fiscais perdoavam a dívida e orientavam os empresários a destruir os documentos.
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A 25ª Vara Criminal de São Paulo analisa o depoimento de Barcellos. As investigações prosseguem apesar de o ministro das Cidades negar as acusações.
Confira a reportagem do jornal O Estado de São Paulo
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