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Alderico foi indicado para presidir o inquérito na terça-feira (19), após o juiz responsável pelo caso, Paulo Augusto Moreira Lima, que era substituto na 11ª Vara Federal, pedir afastamento por ter recebido ameaças veladas. O titular da Vara, Leão Aparecido Alves, declarou-se suspeito por “motivo de foro íntimo”. Ele reconheceu ter uma relação de amizade com uma das pessoas investigadas no caso.
Em nota, o novo responsável pelo inquérito afirmou que, “em razão do preenchimento da pauta de audiências” nos processos que preside na 5ª Vara da Justiça Federal e de férias já marcadas, vai se esforçar para tocar o processo no próximo mês. “Diante da repercussão dos fatos, tenho certeza que tanto os acusados como a sociedade têm interesse no esclarecimento dos mesmos o mais breve possível, a fim de que sejam absolvidos os inocentes e condenados os culpados”, disse.
Estão previstos os depoimentos de 15 testemunhas – quatro de acusação e 11 de defesa – e de sete investigados. Além de Cachoeira, serão questionados em juízo Gleyb Ferreira da Cruz, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, José Olímpio de Queiroga Neto, Lenine Araújo de Souza, Raimundo Washinton de Sousa Queiroga e Wladmir Garcez Henrique. Alguns já conseguiram a liberdade provisória, como Dadá e Gleyb.
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As oitivas com investigados e testemunhas foram suspensas pelo juiz federal Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF 1), em 31 de maio. Ele atendeu a defesa de Cachoeira para suspender as audiências enquanto não forem concluídas as diligências pedidas. Também determinou que, antes do depoimento ocorrer, o bicheiro deve poder se reunir reservadamente com seus advogados.
Na nota enviada à imprensa, o novo presidente do inquérito responde indiretamente a Tourinho. “Serão envidados os esforços necessários para a instrução do processo ainda no mês de julho do corrente ano, asseguradas todas as garantias constitucionais e legais dos acusados, já que haverá tempo suficiente para o estudo do processo”, disse.
Em 2002, Alderico foi o responsável por autorizar a prisão do senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), que acabou preso pela Polícia Federal acusado de irregularidades na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O peemedebista foi mais tarde solto por decisão de Tourinho Neto.
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