A Justiça federal no Paraná decidiu encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) parte da investigação da operação Lava-Jato que contém diálogos entre o deputado federal André Vargas (PT-PR) e o doleiro Alberto Youssef. Na condição de deputado, Vargas tem foro privilegiado perante o STF.
“Revendo os autos constato que, entre os diversos fatos investigados, foram colhidos, em verdadeiro encontro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para relação entre Alberto Youssef e André Vargas, deputado federal”, consta do despacho assinado pelo juiz Sérgio Moro, que ponderou que “é prematura a afirmação de que tal relação teria natureza criminosa”.
Caberá ao Supremo decidir pelo prosseguimento da investigação sobre as relações do petista com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação, deflagrada em março. O magistrado determinou a separação das provas obtidas pela PF sobre a relação entre Vargas e Youssef dos demais relatórios da Lava-Jato.
A polícia investiga suposta prática de crimes financeiros, corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações sobre “supostos crimes de evasão de divisas, corrupção de empregado público da Petrobras e crimes de lavagem de dinheiro (até de produto de tráfico de drogas)” deverão ter continuidade na Justiça paranaense.
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Em meio ao escândalo, André Vargas, que é vice-presidente da Câmara, pediu hoje licença do mandato.
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