O Ministério Público acusa o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras de usar empresas de fachada, controladas por Youssef, para lavar dinheiro. De acordo com a denúncia, as irregularidades ocorreram nas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, por meio de pagamento de contratos superfaturados a empresas que prestaram serviço direta ou indiretamente à estatal, entre 2009 e 2014. Orçado inicialmente em R$ 2,5 bilhões inicialmente, o custo da obra saltou para R$ 20 bilhões.
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Na condição de conselheiro de administração da unidade, Paulo Roberto era o responsável pelos projetos técnicos para a construção de refinarias da estatal e pela fiscalização da execução dos aspectos técnicos do projeto.
Em carta divulgada por meio de seu advogado, nesta sexta, o ex-diretor da Petrobras diz temer ser enviado ao presídio de Catanduvas (PR). No texto, divulgado pelo site Conjur, Paulo Roberto escreveu que foi ameaçado por agentes da Polícia Federal em sua cela, na carceragem da PF na capital paranaense.
“No último sábado à noite, fui ameaçado por um agente da PF na minha cela. Ele disse que eu estava criando muita confusão junto com meu advogado Quirino sobre o pedido para tomar banho e caminhar no feriado. Com certeza, isto foi um recado do delegado. E que e eu estava dando um tiro no meu pé. E desta maneira seria transferido para Catanduvas. Pode isso?”, escreveu Paulo Roberto.
O ex-diretor da Petrobras tenta a transferência para o Rio, onde mora. Até agora, o juiz que acompanha o caso, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) negaram o pedido. A defesa alega que o engenheiro está em “situação cruel e degradante”, sem banho e contato com a luz do sol aos finais de semana.
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