Segundo disse o juiz Roberval Belinati, responsável pelo inquérito da Operação Aquarela, ao jornal Folha de S. Paulo, há indícios de envolvimento de Gim Argello (PTB-DF) com o esquema de desvio de verbas investigado pela Polícia Civil do DF. Gim é suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao acordo por conta de suspeitas de ligação com o esquema.
O juiz afirma que Gim é citado em uma das conversas grampeadas durante as investigações. "Apareceu o nome de Gim Argello em uma escuta telefônica da investigação Aquarela. Essa menção é juridicamente um indício de envolvimento, mas neste momento não posso ainda fazer nenhum juízo de valor sobre a participação dele nas denúncias", explicou.
Os advogados do suplente de senador admitem que ele intermediou a negociação que pode ter sido a origem do cheque do R$ 2,2 milhões cuja divisão Roriz foi flagrado discutindo com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura, mas negam qualquer ligação com a quadrilha que atuava no BRB.
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Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) Gim não passará incólume por uma investigação do Conselho de Ética do Senado. "Se ele abrir a boca está perdido, porque vai ter que mentir. Não resiste a uma entrevista", disse à Folha.
Os advogados do futuro senador, porém, vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a abertura de investigação no Congresso. "Estamos estudando qual a melhor forma, mandado de segurança ou habeas corpus, para impedir um eventual processo no Conselho de Ética do Senado", explica Maurício Corrêa, advogado de Gim e ex-presidente STF. (Carol Ferrare)
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