De plantão hoje (8) para tentar conseguir mais apoios para a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, afirmou que o governo não está considerando a hipótese da CPMF ser rejeitada.
“O governo tem um plano A, que é aprovar [a CPMF] na terça-feira. E não tem um plano B [se a prorrogação for rejeitada]. Talvez um plano C, aprovar na quarta-feira”, disse ele.
O ministro ressaltou que a rejeição da CPMF, no entanto, irá comprometer diversos programas governamentais. “[Aprovar a CPMF] é muito importante para o Brasil, e imprescindível para o governo, seja qual for o presidente que esteja aqui”, acrescentou.
Hoje José Múcio se encontrou com os senadores Valter Pereira (PMDB-MS) e Edison Lobão (PMDB-MA), que têm se mostrado contrários à continuidade da cobrança do imposto. O ministro também falou por telefone com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Alfredo Nascimento (Transportes), com o presidente do Senado, Tião Vianna (PT-AC), e com os governadores Eduardo Campos (PE) e Ivo Cassol (RO).
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Nesta noite, a agenda de José Múcio tinha encontro programado com Lula.
Cortes na defesa
Ao contrário de José Múcio, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que seu ministério já programa um plano B. Segundo ele, caso a CPMF seja rejeitada no Senado, o ministério irá cortar investimentos mais pesados em segurança.
Para o ministro, apesar de não poder responder pelos outros ministérios, a população “será profundamente prejudicada se a prorrogação da CPMF não for aprovada”. “O plano B vai ser reduzir os investimentos [em segurança] nas cidades e nos estados. Nós vamos cortar aqueles investimentos mais pesados porque não vamos ter recursos”, afirmou ele. (Soraia Costa)
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