FOLHA DE S. PAULO
Mensalão terá segunda fase de investigações
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas.
O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses a pessoas que trabalharam com os deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do esquema.
Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF.
A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
O requerimento cita nominalmente Pimentel, um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo “caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados” destinavam-se aos três.
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A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF.
Temer utiliza jatinho de construtora para participar de campanha em MT
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) usou o jatinho de uma empresa que tem contratos com o governo federal para participar da campanha eleitoral do candidato do PT à Prefeitura de Cuiabá (MT), Lúdio Cabral.
Presidente licenciado do PMDB, Temer viajou numa aeronave da construtora Cowan no último dia 21 de setembro para ajudar a alavancar a candidatura do petista, que está em segundo lugar nas pesquisas e tem como vice o peemedebista Francisco Faiad.
A Cowan participa da construção de um trecho na Bahia da Ferrovia Oeste-Leste, da estatal Valec (estatal responsável pelas ferrovias).
A empresa também tem contratos com financiamento do governo federal nos Estados, como a construção do sistema de transporte rápido de ônibus em Belo Horizonte.
O uso da aeronave foi revelado pela revista “Veja”.
A vice-presidência afirmou que o jatinho foi cedido ao PMDB como doação de campanha, em “contrato de cessão de bem móvel”.
Segundo a assessoria de Temer, a cessão será declarada à Justiça Eleitoral na prestação de contas do partido.
A reportagem não conseguiu contato ontem com representantes da Cowan.
PMDB comprou apoio a Paes, diz revista
O PMDB do Rio fechou um acordo para o suposto o pagamento de R$ 1 milhão ao PTN em troca do apoio do partido à reeleição do prefeito Eduardo Paes, informa a revista “Veja” desta semana.
Uma gravação à qual a publicação teve acesso mostra o presidente estadual do partido, Jorge Sanfins Esch, afirmando, em conversa com integrantes da sigla, que barrou uma candidatura própria porque acertou o recebimento de R$ 200 mil para as campanhas a vereador do PTN.
Na gravação, Esch diz que o acordo foi fechado na convenção do partido, em 30 de junho, com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, e reclama de não ter recebido os recursos.
Segundo a “Veja”, uma primeira convenção, que lançaria candidato próprio, foi cancelada em junho por Esch e uma nova foi realizada no fim do mês para apoiar o PMDB.
O presidente local diz que a melhor saída é apoiar Paes.
Paulistano rejeita influência religiosa na disputa eleitoral
Segundo Datafolha, 70% não votariam em candidato da Universal, e 57% refutam representante da Igreja Católica
A maioria dos eleitores da cidade de São Paulo afirma rejeitar candidatos de igrejas, mostra a mais recente pesquisa do Datafolha.
No levantamento, 70% dos entrevistados dizem que não votariam em nomes apoiados pela Universal — que controla o PRB, partido de Celso Russomanno, líder na disputa pela prefeitura com 30% dos votos. Ele se diz católico e refuta o rótulo de candidato da igreja. Os eleitores também rejeitariam candidatos da Igreja Católica – 57%) dizem que não votariam neles. Na capital paulista, 58% dos eleitores se declaram católicos.
Para 36% dos entrevistados pelo Datafolha, a Universal é favorável a Russomanno. Já 17% acreditam que a Igreja Católica é a favor do candidato José Serra (PSDB).
Após 20 anos, Carandiru não terá perícia nas armas de PMs
Duas décadas após o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos na extinta Casa de Detenção em São Paulo, em 2 de outubro de 1992, a Justiça decidiu que não serão feitos exames balísticos nas 392 armas apreendidas. O processo tem 103 réus, todos policiais militares.
TV Folha: Programa mostra mapa religioso da eleição em SP
O “TV Folha” deste domingo -que vai ao ar na TV Cultura às 19h30, com reprise à meia-noite- traz um cruzamento entre a influência política e as tendências religiosas da cidade de São Paulo.
Em busca dos fiéis, os candidatos a prefeito fizeram da religião um dos grandes temas desta eleição.
É na zona leste da cidade, por exemplo, que o candidato do PRB, Celso Russomanno, exibe suas maiores vantagens nas pesquisas.
Lula recomenda que Serra ‘se aposente’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou ontem que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, 70, se aposente da vida pública. No palanque do petista Fernando Haddad, Lula disse que o tucano “deve estar desesperado porque não tem mais idade para disputar a Presidência”.
“Agora volta para São Paulo como se São Paulo fosse um cabide de emprego. Ai, meu Deus, requere a aposentadoria que é melhor” ironizou o ex-presidente.
Sem citar o nome de Serra, ele afirmou que um dos adversários de Haddad elegeu-se prefeito e “se mandou”.
“Depois, ficou três anos no governo e se mandou para disputar a Presidência. Tomou uma chulada [uma surra]”, discursou.
Assessor de Maluf por três décadas agora trabalha para Russomanno
Por mais que renegue as origens, o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, carrega pelo menos uma herança do deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP): o corpulento coronel Marcão, hoje na sua equipe de segurança.
Após três décadas de serviços prestados a Maluf -incluindo uma passagem pelo governo-, o coronel da reserva Marco Antônio da Costa, 57, é hoje agente da campanha de Russomanno.
Nas ruas, sua missão é precursora, ou seja, de reconhecimento da área antes da chegada do candidato, além de acompanhá-lo à distância durante as atividades.
“É um homem muito leal, muito fiel”, diz Maluf.
Falta de acordo barra regulação da internet
A falta de acordo sobre o texto final do Marco Civil da internet impede a votação do projeto na Câmara.
Enviada pelo Executivo ao Congresso em 2009, a proposta estabelece regras para o uso da internet no Brasil e está pronta para ser votada na comissão especial da Casa há mais de três meses.
A principal polêmica é o artigo que determina a chamada “neutralidade da rede” na internet. A norma obriga as provedoras de acesso a tratar de forma igual todo pacote de dados da rede. Na prática, isso obriga a modernização da transmissão de dados para que os usuários acessem qualquer site com a mesma velocidade ou qualidade.
As teles, proprietárias da maioria dos provedores de acesso à internet no Brasil, argumentam que o investimento técnico é muito alto.
O GLOBO
Disputa por prefeituras tem 640 candidatos ‘sujos’
A uma semana do primeiro turno das eleições municipais, 640 candidatos a prefeito em 602 cidades podem ir para as urnas no próximo domingo ainda sem saber se poderão tomar posse caso sejam eleitos. Ou seja, podem até ganhar, mas correm o risco de não assumir o cargo. Isso acontece porque esses políticos estão com as candidaturas indeferidas ou cassadas, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não julgou os recursos. Até o momento, a Corte analisou 241 processos referentes a candidaturas ao Executivo, incluindo casos de concorrentes que tiveram o registro aprovado em instâncias anteriores e contestado por partidos adversários ou pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
No Rio, 32 candidatos em 26 cidades tiveram seus registros indeferidos ou cassados. É o segundo estado onde, proporcionalmente, há mais municípios com pelo menos um concorrente à prefeitura nesta situação. Há prefeitos no estado que concorrem à reeleição sem ter a certeza de que sua candidatura vai ser liberada. São os casos de Rachid Elmor (PDT), de Paty do Alferes, Rafael Miranda (PP), de Cachoeiras de Macacu, e Rosinha Garotinho (PR), de Campos dos Goytacazes. Também existem ex-prefeitos que tentam voltar ao cargo e aguardam recursos. Em Tanguá, o número de pendurados atinge metade dos aspirantes ao Executivo. Para tentar garantir a vaga, todos recorreram ao TSE.
– Infelizmente, a legislação admite que isso ocorra, o que só gera instabilidade e insegurança jurídica e institucional. Trata-se dos candidatos eleitos com pedido de registro sub judice , ou seja, aqueles cujos registros foram indeferidos, mas recorreram das decisões nos tribunais regionais eleitorais ou ao TSE. Assim, o candidato concorre com o registro de candidatura indeferido, porém à espera do julgamento de um recurso visando à reforma da decisão de indeferimento – explicou o coordenador do 5º Centro de Apoio Operacional das Promotorias Eleitorais do Rio, Rodrigo Molinaro Zacharias.
O fato de a candidatura não estar julgada até a eleição pode causar insegurança tanto para o candidato quanto para o eleitor. O político pode ter dificuldades de encontrar doadores, já que não há garantia de que ele terá o registro aprovado. E é ruim para o eleitor, que pode votar em um concorrente que, depois da eleição, corre o risco de ser considerado inapto. Com isso, o voto do eleitor no candidato é anulado.
De acordo com resolução do TSE, nenhum candidato com registro indeferido pode ser diplomado – ato em que a Justiça oficializa quem foi eleito -, mesmo que exista recurso. Caso isso ocorra e o candidato a prefeito mais votado não tiver a maioria absoluta dos votos válidos, o segundo colocado na eleição tomará posse. Essa situação vai perdurar até o julgamento final do registro do primeiro colocado. Entretanto, se o mais votado estiver com o registro indeferido e obtiver mais da metade dos votos válidos, será preciso convocar uma nova eleição. Até lá, o presidente da Câmara Municipal assumirá o cargo de prefeito interinamente. Ainda assim, existe a possibilidade de políticos eleitos, e ainda com o registro indeferido, sejam diplomados, amparados por liminares.
O TSE informou que os casos deverão ser julgados até o fim de dezembro, data das diplomações. Até agora, 5.223 recursos sobre registro chegaram à Corte. Pouco menos de um terço foi julgado. Cerca de 40% dos processos são sobre a Lei da Ficha Limpa.
– Muitos candidatos que deveriam ter recorrido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) perderam o prazo e entraram direto com recurso no TSE. Isso aconteceu em pelo menos 48 candidaturas do Rio – disse o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter, explicando que isso sobrecarrega o TSE.
No mensalão, chega a vez de Dirceu e Genoino
Começa esta semana a fase mais importante do julgamento. A cúpula do PT, formada pelo ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio, entra na mira do relator Joaquim Barbosa. Os três são acusados de corrupção ativa.
Entre a firmeza e o destempero, um futuro desafiador
A cada nova diatribe, cresce a inquietação sobre o futuro do ministro Joaquim Barbosa. Com a aposentadoria do presidente do Supremo, ministro Ayres Britto, em novembro, quando atinge a idade limite de 70 anos, Barbosa, na condição de vice-presidente, é o candidato natural a assumir o comando da Corte e também do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por razões que vão da afinidade pessoal ao propósito de defender a instituição, amigos e rivais pensam em erguer uma blindagem que proteja Joaquim e, ao mesmo tempo, evite um curto-circuito entre a personalidade forte do ministro e a agenda das duas casas.
Consultados pelo GLOBO, ex-colegas de Joaquim no Ministério Público Federal e alguns dos atuais colegas do STF refletiram sobre os desafios que aguardam o relator do processo do mensalão, e prováveis ações que terão a sua marca pessoal. Eles não acreditam que o destempero do ministro seja suficiente para barrar a sua candidatura, mas procuram brechas para romper o isolamento em que se encontra e reduzir a possibilidade de futuras crises.
Apesar dos embates transmitidos ao vivo, o relacionamento com os demais ministros não preocupa tanto. Divergências e alianças são construídas e destruídas a cada novo caso, transformando ferrenhos adversários em aliados e vice-versa. O mesmo, contudo, não se pode dizer do convívio com os advogados. Além de não gostar de vê-los em seu gabinete e recusar-se a ler os seus pareceres, Joaquim não esconde dos amigos que a desenvoltura de alguns juristas ao circular nos tapetes do Supremo o incomoda muito. Esta presença, em sua gestão, tende a perder a força já fragilizada no julgamento do mensalão.
PCB também quer indenização
Apesar de uma história longeva, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) – o velho Partidão, fundado em 1922, e perseguido por décadas, passando por duas ditaduras – experimentou curtíssimos períodos de legalidade. Agora, a direção do partido entrou com pedido de anistia e quer a reparação material do Estado. Argumenta que, se não fosse a perseguição ao movimento comunista e a morte de suas principais lideranças, a legenda hoje seria um dos “expoentes da política brasileira”. O comando do PCB ressalta, inclusive, que deixou de receber o Fundo Partidário na ilegalidade.
O PCB protocolou esse pedido recentemente na Comissão de Anistia. É a primeira pessoa jurídica a requerer os benefícios da lei, que, até hoje, permitiu pagamentos de indenizações apenas a pessoas perseguidas pela ditadura. O PCB foi o partido que mais tempo permaneceu na ilegalidade ou clandestinidade na história republicana do Brasil. Mas a direção do partido hoje não é a mesma de tempos atrás. O partido rachou, se dividiu e surgiu o PCdoB, no início da década de 60. Nos anos 1990, parte do PCB virou PPS. Pouco expressivo na política nacional, o PCB hoje tem cerca de 13 mil filiados, e sua principal liderança é o ex-líder sindical Ivan Pinheiro, que chegou a disputar a Presidência da República em 2010. Entre os nove postulantes, terminou em oitavo lugar com pouco mais de 39 mil votos.
Aécio aquece para 2014 com críticas a Dilma, Lula e Haddad
Num momento de fragilidade política do PT, maior adversário do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) pegou carona nas candidaturas tucanas bem sucedidas e partiu para seu primeiro teste como pré-candidato ao Planalto fora de seus domínios, as gerais. Num roteiro de carreatas e grandes eventos de campanha nas regiões Sul e Nordeste, ele incorporou de vez o discurso de candidato e conseguiu levar para o ringue, com áspera troca de farpas, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e, de quebra, o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
Aécio, segundo seus aliados, tem o timing perfeito da hora de começar a brigar com Dilma, sua provável adversária em 2014. Semana passada, travou um embate com os adversários.
– Se Aécio quer ser presidente, estude um pouquinho, leia um livro por semana. Pode ser na praia de Ipanema – disparou Haddad.
– Quero agradecer ao candidato Haddad por ter lançado a minha candidatura, mas vou deixar que o meu partido decida isso no tempo certo. Como não acho que ele possa ser tão idiota, como parece às vezes, certamente quis dar ali uma estocada no presidente Lula, talvez não satisfeito com a incapacidade que (Lula) demonstrou até agora para alavancar sua candidatura – devolveu Aécio.
Para assuntos espinhosos, nervos ficam à flor da pele
“Sou jornalista como você, me responda. Estou te perguntando”, “Só na sua cabeça teve isso” e “Vamos ver se os teus ou os meus desejos se realizam”. As reações destemperadas partiram dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo – Celso Russomanno (PRB), José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Com a proximidade da eleição, os três têm demonstrado que os nervos estão à flor da pele.
As explosões se manifestam geralmente nas entrevistas nas ruas. Se a abordagem é para falar sobre propostas para cidade, eles são atenciosos e educados. Mas quando a pergunta traz temas que os tiram de suas zonas de conforto, a postura muda.
Dirigir perguntas a Russomanno sobre a relação da campanha dele com a Igreja Universal ou sobre um suposto uso eleitoral do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), do qual é sócio, tem sido uma declaração de guerra.
Separação difícil para os dois lados
Questões econômicas atiçam o separatismo catalão, mas, sem a ajuda do governo espanhol, a região sofreria para bancar a Previdência e deixaria de integrar a União Europeia. Já a Espanha ficaria sem seu maior polo turístico e exportador.
Juros do comércio na mira do governo
O governo prepara uma nova investida contra o custo financeiro no país. O foco, neste caso, é o juro que ninguém vê. Estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, feito com base em cruzamento de dados do Banco Central e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, mostra que o consumidor tem consciência de apenas uma pequena parcela do que paga efetivamente de juros. As famílias desembolsaram R$ 170 bilhões, mas a percepção é de apenas 1,9% desse valor, ou R$ 3,2 bilhões. O estudo tem como referência valores de 2008, ano-base do último levantamento do IBGE.
Auxiliado pela SAE, o Banco Central(BC) analisa alternativas para uma nova legislação que dê transparência ao setor financeiro e, ao mesmo tempo, abra espaço para a criação de produtos voltados para a nova classe média.
Uma ideia sobre a mesa é obrigar lojistas a mostrarem o chamado custo efetivo total (CET) das operações. Ou seja, todas as taxas embutidas nos parcelamentos, mesmo aqueles alardeados como sem juros. E deixar claro o desconto no preço à vista, que deve ser necessariamente menor que o parcelado. Embora muitos consumidores não percebam, um preço à vista igual ao parcelado significa que o valor à vista está inflado. As instituições financeiras já são obrigadas a dar transparência a essas informações desde 2007.
Apagões, trunfo contra Chávez
O sucateamento do setor elétrico faz a Venezuela sofrer uma média de 1,26 apagão por dia desde 2009. Neste ano, já foram 501 cortes de luz. Henrique Capriles promete uma “Venezuela iluminada” se derrotar Hugo Chávez no domingo que vem.
Pesquisas indicam segundo turno em 16 das 26 capitais
No Rio, debates e luta pelos indecisos na reta final
O ESTADO DE S. PAULO
Na reta final, Russomanno já pensa no segundo turno
A campanha paulistana entra na última semana com indefinição sobre quem irá ao segundo turno. Líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB) tentará frear a queda já detectada nas intenções de voto respondendo aos ataques dos adversários, mas sem rupturas, em especial com o PT, de quem espera apoio no segundo turno, caso José Serra (PSDB) seja seu adversário. Fernando Haddad (PT) reforçará o argumento de que é o candidato da presidente Dilma Rousseff – que estará amanhã ao seu lado no palanque – e do ex-presidente Lula. Haddad concentrará esforços nos bairros da periferia. Sua estratégia é desconstruir a imagem de Russomanno. Serra buscará consolidar imagem de experiência. Também vai explorar o antipetismo presente em setores do eleitorado paulistano, usando o julgamento do mensalão.
As promessas de cada um
A pedido do Estado, especialistas em transporte, segurança, educação e saúde avaliam os planos de governo dos principais candidatos
Teori Zavascki: Camisa 11 do ‘explosivo’
Aluno de colégio interno, Teori Zavascki fundou seu próprio time de futebol: Os Explosivos. Adversários criaram Os Extintores e o primeiro jogo foi tão inflamado que a diretora mandou acabar com as duas equipes, relata Débora Bergamasco. Agora, o camisa 11 dos Explosivos, se passar pela sabatina do Senado, assumirá a 11ª vaga no STF, onde, segundo amigos, atuará como extintor.
Ainda pequeno, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Albino Zavascki saiu da catarinense Faxinal dos Guedes e foi sozinho para Chapecó (SC) estudar em colégio interno só para meninos, onde fundou seu próprio time de futebol, “Os Explosivos”. Em resposta, adversários criaram “Os Extintores” e o primeiro jogo foi tão inflamado que a diretora mandou acabar com as duas agremiações. O camisa 11 dos Explosivos, se passar pela sabatina do Senado, assumirá agora a 11º posição no Supremo Tribunal Federal, onde, segundo amigos, atuará muito mais como extintor. Ao saber dessa passagem da infância de Teori, o ministro Castro Meira, presidente da 1º Seção do STJ, riu, surpreso: “Que paradoxal! Explosivo é tudo o que o Teori não é. Você nunca vai vê-lo batendo boca no plenário ou tentando impor sua opinião, ele é reservado e sereno”.
A descrição de Meira sobre o estilo do colega bate com o perfil que a presidente Dilma Rousseff buscava para substituir o ex-ministro Cezar Peluso. Segundo um interlocutor direto da Presidência, a procura era por alguém “muito experiente, muito preparado tecnicamente, que fosse discreto e educado, fora do tribunal e nos julgamentos. Nada de espetáculo”.
Pesadelo da prisão volta para Dirceu
Quarenta e quatro anos depois que o regime de exceção o capturou e ele foi obrigado a deixar o País, José Dirceu de Oliveira e Silva está na iminência de ser condenado e corre o risco de voltar à prisão, agora na vigência de democracia, onde instituições como o Supremo Tribunal Federal funcionam sem a tutela do governo.
Daquela vez, em 1968, líder estudantil, foi aprisionado em Ibiúna, nos arredores de São Paulo, e seguiu para o exílio no México, depois para Cuba – trocado, ele e mais 13 companheiros da luta armada, pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick.
Aos 66 anos, Dirceu está no banco dos réus. Não é mais Carlos Henrique Gouveia de Mello, nome que adotou na clandestinidade, e a articulação que lhe atribuem agora é outra, a de mentor do mensalão, maior escândalo do governo Lula.
Nos autos da ação penal 470, é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. Seu julgamento deve ter início na quarta-feira, com o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa.
Entrevistas o ex-ministro não tem dado. Vez ou outra tem uma conversa informal com jornalistas. Experimenta noites de angústia o mineiro de Passa Quatro, onde estudou em colégio de padres franceses nos anos 1950, e que, em 2003, se tornou o ministro mais poderoso do governo petista, no comando da Casa Civil.
PMDB do Rio negociou apoio por R$ 1 mi, diz revista
O PMDB do Rio de Janeiro teria comprado por R$ 1 milhão o apoio do nanico PTN (Partido Trabalhista Nacional) à reeleição do prefeito peemedebista Eduardo Paes, segundo um vídeo publicado pelo site da revista Veja. Nas imagens, o presidene regional do PTN, Jorge Sanfins Esch, diz a correligionários que impediu uma candidatura própria do PTN à prefeitura do Rio em troca de R$ 200 mil do PMDB para custear a campanha de vereadores do partido.
Os R$ 800 mil restantes viriam da quitação de uma suposta dívida que a prefeitura teria com o próprio Esch e outras três pessoas. O suposto débito teria se acumulado durante, os dois últimos mandatos de César Maia (2000-2008), época em que eles trabalharam na RioLuz, Empresa Municipal de Iluminação Pública.
O Estado não conseguiu conta-to ontem com Esch pelo celular e pelos telefones do diretório municipal do PTN no Rio de Janeiro e da sede nacional, em São Paülo.
Usina eólica está pronta, mas não produz energia
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados. As usinas estão prontas, mas faltam linhas de transmissão. “Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão”, afirma o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino.
‘O clima político muda na Argentina’
Editor responsável do jornal Clarín, Ricardo Kirschbaum diz ao enviado especial Roberto Gazzi que reação popular a governo de Cristina Kirchner é vista com otimismo.
Aliás
Cristina Kirchner mantém o antagonismo, diz o historiador Luis Alberto Romero.
Carandiru: ‘Quem não reagiu está vivo’
A morte de 111 presos, há 20 anos, mostra incapacidade da Justiça de lidar com casos assim, afirmam especialistas. “Quem não reagiu está vivo”, diz o ex-governador Fleury.
Gaudêncio Torquato: João Grilo era feliz e não sabia
Falta pouco para os defensores do conceito “politicamente correto”, que censuram Monteiro Lobato, investirem contra outros autores.
CORREIO BRAZILIENSE
Grevistas de aluguel
Sindicatos pagam até R$ 40 por dia, mais refeição e passagem, para que pessoas estranhas à categoria atuem em protestos e piquetes no DF.
Buriti Alegre, a terra onde Delúbio é rei
No municipio goiano, a 390 km de Brasília, o mensalão nunca existiu e o ex-tesoureiro do PT é somente uma vítima do jogo político, um bode expiatório. Se dependesse de seus conterrâneos, ele seria até mesmo prefeito da cidade.
DF se transforma em polo regional de transplantes
A unidade da Federação já está entre as cinco mais atuantes nessa especialidade. Número elevado de doadores é um dos motivos do êxito.
Flagrante
GDF afasta professor pego fumando maconha com alunos no Parque da Cidade.
Brasil perde a rainha da tevê
Durante mais de 6 décadas, Hebe Camargo entrou na sala de estar dos brasileiros como se fosse uma amiga íntima. “A simpatia e espontaneidade”, lembrou a presidnete Dilma, eram marca registrada da apresentadora, assim como os famosos selinhos. Ela lutava contra um câncer desde 2010. Seu coração parou de bater, ontem, aos 83 anos.
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