O GLOBO
Barbosa: Justiça no Brasil é mais rigorosa com pobres e negros
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, criticou o excesso de recursos judiciais no Brasil, o tratamento privilegiado que a Justiça dá aos políticos e as chances desiguais que poderosos têm em um processo, em comparação com pobres e negros. Para Barbosa, o Judiciário brasileiro condena muito os desvalidos, mas deixa impunes os mais abastados. Os comentários foram feitos em um debate ocorrido durante um congresso da Unesco sobre liberdade de imprensa em San José, capital da Costa Rica.
– O Brasil, como a maior parte da América Latina, tem problemas culturais para resolver que impactam no Judiciário. Por exemplo, a concepção equivocada de igualdade. As pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seu status, sua cor de pele e o dinheiro que têm. Isso tem um papel enorme no sistema judicial e, especialmente, na impunidade – declarou Barbosa.
Ele também criticou a falta de transparência no processo judicial. Segundo Barbosa, é comum que políticos e advogados influentes conversem reservadamente com os juízes:
– Um dos principais problemas no Brasil é a falta de transparência no processo judicial, algo antiético e forte que existe em todo o sistema. Uma pessoa poderosa pode contratar um advogado poderoso, com conexões no Judiciário. Ele pode ter contatos com juízes sem nenhum controle do Ministério Público ou da sociedade. Depois, vêm as decisões surpreendentes: uma pessoa acusada de cometer crime é deixada em liberdade. E não por argumentos legais, mas por essa falta de transparência das comunicações.
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O presidente do STF elogiou decisão recente da Argentina que proíbe contato privado de advogados com juízes sem presença de outras partes interessadas no processo. No STF, Barbosa é o ministro que menos recebe advogados – e, frequentemente, é criticado por isso. Para o ministro, esse tipo de audiência só deveria ser possível quando todas as partes envolvidas na causa estão presentes:
– No Brasil, esse tipo de comportamento é malvisto. Essa é uma boa explicação para a impunidade de alguns tipos de criminalidade, porque o Brasil é um país que pune muito os pobres, os negros e pessoas sem conexões.
Barbosa também atacou o foro privilegiado:
– Há uma razão para a impunidade no nosso país. Se um prefeito é acusado de um crime, ele será julgado por um juiz comum. O caso dele será decidido por um tribunal de apelação. Se o acusado é membro do Congresso, o caso será decidido pela Suprema Corte, que tem 60 mil casos aguardando julgamento, casos que afetam a sociedade, e não tem tempo algum para decidir processos criminais.
Punição de menor por crime dura menos tempo no Brasil
Enquanto o brasileiro com até 18 anos que mata ou estupra fica, no máximo, três anos internado, em países como a Inglaterra e os Estados Unidos a Justiça prioriza a gravidade do crime e pode tratar o menor como adulto.
Apesar de terem maioridade penal igual ou parecida à do Brasil, diversos países da Europa e das Américas possuem em suas leis possibilidades de punições mais severas para adolescentes infratores. No Brasil, a punição máxima de três anos de internação está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), alvo de críticas por não aplicar maior rigor aos autores de crimes de extrema violência. Da lista que reúne dados coletados pelas Nações Unidas, somente a Alemanha limita ao mesmo período o castigo imposto aos menores infratores. Porém, em países como a Costa Rica, um adolescente pode ficar até 15 anos privado de liberdade. Na França, a partir dos 16 anos a justificativa de menoridade pode ser descartada.
Dois pra lá, dois pra cá
Adversários na disputa eleitoral de 2014, a presidente Dilma Rousseff e o senador tucano Aécio Neves foram cordiais ao se encontrarem na Expozebu, em Minas, e até se abraçaram. Depois, tomaram cafezinho com Lula.
O encontro em Uberaba (MG) do tucano Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência no ano que vem, com a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, foi cercado de cuidados para evitar um clima de confronto ou qualquer saia-justa. Coube ao governador Antonio Anastasia, do PSDB, fazer as honras de anfitrião, buscar a presidente no aeroporto e levá-la ao local da abertura da 79ª Expozebu. O tucano esperou a presidente na entrada do palanque. Eles se abraçaram, trocaram beijos e falaram por alguns instantes. Como não teria direito a fala ou réplica em caso de alguma alfinetada, o senador tucano não acompanhou o discurso da presidente e deixou o local antes que ela começasse a falar. O ex-presidente Lula, que já estava na cidade desde a véspera, também não apareceu no palanque.
Em dezembro último, durante a reinauguração do Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, os prováveis adversários se encontraram em clima de animosidade. Trocaram apenas um cumprimento formal e não se falaram mais. No feriado do 1º de Maio, Aécio atacou duramente o governo e atribuiu a Dilma leniência no combate à inflação.
Lula: ‘Às vezes, tenho a impressão de que partido é um negócio’
Para o ex-presidente Lula, a crise do mensalão foi um “tropeço”, mas, ainda assim, depois de dez anos no poder, o PT se divide nos dias de hoje entre o “PT da base” e o “PT eleitoreiro”. O primeiro guarda as mesmas características desde os anos 1980, é “exigente e solidário”. Já o segundo precisa se reinventar para que a política não fique “mais pervertida do que já foi em qualquer outro momento”, e para que o partido seja capaz de estabelecer alianças e coalizões sem precisar “estabelecer uma relação promíscua”. As declarações estão em entrevista para os autores do livro “10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma” (R$ 20), que será lançado pela Boitempo Editorial no dia 13 deste mês. Foram dadas em fevereiro deste ano, já sob o impacto da condenação de alguns dos principais dirigentes do seu governo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do mensalão.
“Às vezes tenho a impressão que partido político é um negócio, quando, na verdade, deveria ser um item extremamente importante para a sociedade”, admite Lula no depoimento a Pablo Gentili e ao cientista político Emir Sader, organizador do livro. “O PT precisa voltar a acreditar em valores que a gente acreditava e que foram banalizados por conta da disputa eleitoral”, disse o ex-presidente no livro que traz, além da entrevista, artigos assinados por colaboradores do partido.
Em 384 páginas de balanço, há apenas uma menção à palavra “mensalão”, e ela vem do próprio ex-presidente, sem entrar no mérito do esquema condenado recentemente pelo STF, postura adotada desde quando o escândalo veio à tona. A citação é usada para atacar a mídia, criticada em um terço das 36 respostas da entrevista.
“Tentaram usar o episódio do mensalão para acabar com o PT e acabar com o meu governo”, diz o ex-presidente, que afirma ter vivido “uma situação muito delicada” quando Roberto Jefferson (PTB) denunciou o esquema. “Tivemos tropeços, é lógico. Muitos tropeços. O ano de 2005 foi muito complicado. (…) Se não tivéssemos cuidado, não iríamos discutir mais nada do futuro, só aquilo que a imprensa queria que a gente discutisse”, afirma Lula, dizendo ter parado de ler jornais para conseguir manter a tranquilidade em meio à crise.
Governo dá sinal de que corte nos gastos este ano será menor do que em 2012
O decreto de programação orçamentária para 2013, publicado ontem no Diário Oficial da União, é mais um indicativo de que o corte efetivo nos gastos da União este ano será menor que em 2012, mesmo com queda na receita. O valor só será divulgado oficialmente em 22 de maio, mas já se sabe que ele está sendo calibrado segundo as receitas de abril e a necessidade de estimular a economia. Para especialistas, o decreto não é sinalização de austeridade fiscal.
Segundo especialistas e técnicos em orçamento, haverá menos rigor fiscal este ano. A estratégia da equipe econômica é estimular a atividade com mais gastos, especialmente investimentos, e desonerações. Com isso, o superávit primário deve ser inferior aos 3,1% do PIB fixados como meta cheia. Cálculos preliminares mostram que o valor tende a ficar entre 1,4% e 1,6% do PIB.
No decreto de ontem, o governo fez um represamento prévio de R$ 23,5 bilhões até agosto nas chamadas despesas livres: dos R$ 172,4 bilhões tidos como despesas de investimento no Orçamento da União de 2013, foi autorizado o empenho (comprometimento para pagamento futuro) de R$ 148,9 bilhões até agosto – o que significa mais de 86% – e ainda de R$ 99,6 bilhões em despesas obrigatórias.
Tragédia coletiva: Os acidentes de ônibus do dia
Ônibus desgovernados fizeram mais duas vítimas ontem de manhã no Estado do Rio. Em Nova Iguaçu, um coletivo atropelou e matou uma mulher. Quase no mesmo horário, um ônibus, após bater em outro em São Cristóvão, subiu a calçada e atingiu um homem que aguardava no ponto. A vítima ficou espremida entre o veículo e o poste e teve que passar por uma cirurgia no braço. O secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que a quantidade de acidentes envolvendo ônibus nos últimos dias é preocupante.
Economia em queda: Indústria cresce abaixo do esperado
A produção industrial brasileira cresceu só 0,7% em março em relação a fevereiro.
O número ficou abaixo das projeções. No lº trimestre, houve queda de 0,5%. Mercado já reduz estimativas para o PIB.
Enquanto isso, na Argentina…
Cresce especulação de novas restrições cambiais, o que prejudicaria as exportações brasileiras.
O dólar paralelo chegou a ser negociado ontem, na máxima do dia, a 9,98 pesos, um novo recorde histórico, impulsionado pela compra de divisas por investidores que temem uma maior debilidade da moeda argentina. Após uma semana de altas seguidas, no fim do dia, o dólar recuou e fechou cotado a 9,88 pesos. A diferença em relação ao câmbio oficial já passa de 92%, uma vez que o governo trabalha com a cotação de 5,20 pesos. Desde o início do ano, a divisa já se valorizou em 47%.
– Vale cada vez mais (o dólar) porque é o salva-vida para sair do peso – disse o ex-presidente do Banco Central Javier González Fraga em entrevista a uma rádio, lembrando que os argentinos, acostumados a longos períodos de inflação por décadas, procuram acumular dólares para preservar seu capital.
Sob o comando de Alá: Muçulmanos querem a lei islâmica
Pesquisa em 39 países do mundo muçulmano indicou que maioria dos entrevistados quer viver sob os ditames da sharia, a lei islâmica: 90% condenam homossexualismo, 85% acreditam que as mulheres devem sempre obedecer aos maridos, e 25% apoiam a prática de atentados suicidas.
EUA: rigor com visto estudantil
A Imigração fará maior controle após a entrada ilegal de um cazaque investigado no atentado de Boston.
Liberdade de imprensa: Brasil cai em ranking mundial
Cinco assassinatos de jornalistas em 2012 levaram o Brasil a cair nove posições em ranking de liberdade de imprensa, divulgado ontem pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. Entre 179 países, o Brasil é o 108 e colocado.
FOLHA DE S.PAULO
Após um ano, lei da transparência trava nos Estados
Órgãos estaduais do Executivo, Legislativo e Judiciário não publicam nome e salário de servidores num só documento.
Às vésperas do primeiro aniversário da Lei de Acesso à Informação, os Estados ainda não embarcaram na cultura de transparência que a nova legislação instituiu.
Levantamento da Folha mostra que ao menos 40 órgãos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário estaduais não divulgam nomes e vencimentos dos servidores num só documento.
A exigência de publicação dos salários de forma individualizada consta na lei para funcionários do Executivo federal e foi seguida por outros Poderes nessa esfera.
A expectativa à época em que a norma entrou em vigor, em 16 de maio, era que Estados e o Distrito Federal passassem a divulgar os dados.
Os órgãos estaduais menos transparentes são as Assembleias. Somente uma delas, a do Espírito Santo, publica a lista com os salários de todos os funcionários. Dez Casas não divulgam nenhuma informação e outras informam apenas dados parciais, sem os nomes dos servidores.
Inimigos íntimos
Prováveis adversários na eleição de 2014, a presidente Dilma e Aécio Neves, pré-candidato tucano ao Planalto, se abraçam em Uberaba (MG).
Possíveis adversários na eleição de 2014, a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB) estiveram com o ex-presidente Lula ontem, em almoço organizado por um empresário em Uberaba (MG).
O evento é oferecido anualmente pelo pecuarista Jonas Barcelos após a abertura da Expozebu, feira do setor, em uma fazenda a cerca de dez quilômetros da área urbana do município.
O acesso à propriedade era restrito e controlado por seguranças. Participantes do almoço relataram que o clima era informal –Dilma não fez nenhum tipo de pronunciamento no local.
Dilma coloca chefe do Tesouro em sua articulação eleitoral
m dos nomes mais influentes da equipe econômica transita agora pela política. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foi admitido nas articulações para reeleger a presidente Dilma Rousseff em 2014 e é um dos nomes que vão integrar a futura coordenação da campanha petista.
Segundo a Folha apurou, Arno já participou de ao menos uma reunião de mapeamento político para fazer uma radiografia de alianças nos Estados.
Por enquanto, conforme relatos de pessoas próximas, ele tem ajudado nas projeções sobre futuras composições partidárias.
Ainda não se sabe qual função ele assumirá na coordenação da campanha. Arno pode inclusive atuar como coordenador informal se a situação da economia exigir sua presença no governo durante a disputa.
Barbosa critica falta de ‘pluralismo’ na imprensa brasileira
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, criticou ontem a falta de “pluralismo” e a “fraca diversidade política e ideológica” da imprensa brasileira e afirmou que a mídia é dominada por jornais “inclinados para a direita”.
Barbosa discursou em inglês durante um evento sobre liberdade de imprensa organizado na Costa Rica pela Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação e a cultura.
“O Brasil tem hoje três principais jornais nacionais impressos, todos mais ou menos inclinados para a direita no campo das ideias”, afirmou o presidente do STF, que disse estar expressando um ponto de vista pessoal, como “cidadão livre e consciente”.
Ex-ministro do Supremo vai ter passaporte diplomático
O Itamaraty concedeu ontem passaporte diplomático ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau e a sua mulher, Tânia Marina.
O benefício, concedido graças a pedido do presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, dá acesso a fila de entrada separada e tratamento menos rígido nos países com os quais o Brasil tem relação diplomática. Em alguns destinos que exigem visto, o passaporte o torna dispensável.
A concessão teve como base o seguinte trecho do decreto que regulamenta o documento: “Conceder-se-á passaporte diplomático às pessoas que, embora não relacionadas nos incisos deste artigo, devam portá-lo em função do interesse do país”.
O Itamaraty informou que a justificativa apresentada foi a de que ministros aposentados participam com frequência de eventos internacionais.
Eros Grau foi o quarto ministro do STF nomeado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tomou posse em 2004 e se aposentou em 2010, pouco antes de completar 70 anos, idade-limite para permanência de um ministro.
Segundo reportagem da revista “piauí” em 2010, Eros Grau tem dois apartamentos na França: um em Paris e outro em Honfleur, norte do país.
Comissão decide exumar corpo de Jango
A Comissão Nacional da Verdade decidiu exumar, com autorização da família, o corpo do ex-presidente João Goulart –morto em 1976 durante exílio na Argentina.
A exumação será feita com o auxílio do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, já que Goulart está enterrado no cemitério de São Borja, município do Estado.
Justiça abre brecha a decisões para apagar registros da internet
Uma opinião aprovada num recente encontro de juízes federais, promotores e especialistas abre caminho para que informações sejam apagadas da internet, por ordem judicial, com o objetivo de preservar a imagem de pessoas que se sentirem atingidas.
Trata-se do “direito ao esquecimento”, sugestão apresentada na “6ª Jornada de Direito Civil”, do Conselho da Justiça Federal, em março.
A ideia foi divulgada como orientação doutrinária, o “Enunciado 531”. O texto tem redação genérica, não obriga juízes a seguir a recomendação, mas pode fundamentar decisões judiciais e estimular pedidos para apagar reportagens e dados históricos.
Indústria fraca leva analistas a rever avanço da economia
Após o IBGE divulgar que a indústria brasileira cresceu 0,7% em março, abaixo do esperado, especialistas revisaram para baixo as previsões de crescimento da economia
Não há pretos nos três cursos mais disputados da USP em 2012
Nos três cursos mais disputados no vestibular da USP no ano passado -medicina e publicidade em São Paulo, e engenharia civil em São Carlos, no interior paulista-, não existe nenhum aluno matriculado que tenha se declarado preto
Na garagem
Frota de 233 carros novos da Polícia Científica está parada em SP há um mês; governo diz que falta a documentação dos veículos
Painel das letras
Ao menos 6 livros sobre o novo papa chegam às lojas até julho
O ESTADO DE S. PAULO
Barbosa põe em dúvida novo recurso no mensalão
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, colocou em dúvida ontem a validade e a admissibilidade, pela Corte, dos embargos infringentes, recursos nos quais os condenados pelo julgamento do mensalão tentarão modificar as respectivas sentenças nos casos em que o placar foi apertado (com pelo menos quatro votos pela absolvição do réu). “O tribunal terá de decidir se existem ou não (os infringentes)”, afirmou.
O ministro, que participou ontem em San José, na Gosta Rica, de um evento da Unesco sobre liberdade de imprensa, lembrou que o Supremo precisa decidir se os embargos infringentes “sobrevivem”, já que foi alterada a lei que rege os processos penais, acabando com esse tipo de recurso. Apesar da modificação da lei, o STF manteve a possibilidade do recurso em seu regimento interno. Ao discursar no evento, Barbos icriticou conexões de “advogados poderosos” com integrantes do Judiciário e a imensa possibilidade de recursos.
“Uma pessoa poderosa pode contratar um advogado poderoso, com conexões no Judiciário, que pode ter contatos com juizes sem nenhum controle do Ministério Público ou da sociedade. E depois vêm as decisões surpreendentes”, disse ele.
Nesses casos, avaliou o ministro, uma pessoa acusada de cometer um crime é deixada em liberdade em razão dessas relações. “Não é deixada em liberdade por argumentos legais, mas por essa comunicação não transparente no processo judicial”, atacou.
Mídia brasileira ‘se alinha à direita’, avalia ministro
No evento que marcou os 20 anos do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em San José (Costa Rica), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que os três maiores jornais brasileiros têm opiniões “mais ou menos à direita” e criticou a falta de pluralismo.
“Agora o Brasil tem três jornais nacionais, todos mais ou menos se alinham à direita no campo das ideias”, disse. “Falta (na imprensa) um pluralismo forte.”
Barbosa deixou claro que era opinião pessoal, de um “cidadão político, livre e consciente”, e que não falava como chefe do Supremo. O ministro não mencionou o nome dos jornais. Mas em outros momentos, reservadamente, havia expressado essa opinião em relação aos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo.
Governo gasta US$ 3,8 mi com Dilma no exterior
As viagens internacionaisda presidente Dilma Rousseff já custaram aos cofres públicos US$ 3.897.412 (R$ 7,86 milhões, em valores atualizados), segundo o Itamaraty. O valor diz respeito a todas as viagens internacionais realizadas nos anos de 2011 e 2012, incluindo as despesas com hospedagem da comitiva oficial e das equipes de apoio da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores, conforme informou o governo federal ao Estado por meio da Lei de Acesso à informação.
Sem considerar as escalas, a presidente fez 32 viagens nos dois primeiros anos de mandato 17 viagens internacionais em 2011 e 15 em 2012. A Argentina (quatro viagens) e os Estados Unidos (três) foram os destinos mais visitados pela presidente nesse período. Ao todo, Dilma passou 79 dias no exterior no período.
Maluf ignora sentença e é multado em R$ 2,1 mi
Juíza condenou deputado a pagar 10% de um total de R$ 21,3 mi, valor que o ex-prefeito foi obrigado a devolver ao erário em decisão judicial de 2012
A 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo multou o deputado federal Paulo Maluf (PP- SP) em R$ 2,1 milhões pelo descumprimento de uma sen-tença judicial. A Justiça multou Maluf por ele não ter feito o depósito de uma condenação definitiva por improbidade administrativa. O valor é relativo a 10% dos R$ 21,3 milhões que o ex-prefeito de São Paulo foi obrigado a pagar por dano ao erário pelo episódio que ficou conhecido como “escândalo dos precatórios” envolvendo títulos públicos municipais durante a sua gestão (1993-1996).
Na decisão publicada ontem, a juíza Liliane Keyko Hioki negou um recurso no qual Maluf sustenta que não deveria pagar a dívida da ação aberta após uma representação feita em 1996 por petistas, entre eles o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O PP, partido de Maluf, integra a base aliada ao governo federal.
Segundo Liliane, a dívidajá deveria ter sido paga em outubro do ano passado depois que os recursos contra a condenação por improbidade se esgotaram. Para questionar o valor cobrado, dissea juíza, Maluf deveria já ter depositado o dinheiro após a decisão transitar em julgado.
STJ nega afastamento de juíza do caso Alstom
O ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça, negou recurso impetrado pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Robson Marinho no qual ele pedia o afastamento da juíza Maria Gabriela Pavlópoulos Spaolonzi da 13ª Vara da Fazenda Pública, que conduz o processo em que ele é acusado de receber propina para favorecer a empresa francesa Alstom.
A decisão do ministro data de 1.° de fevereiro e era o últimorecurso de Marinho para tentar manter paralisado o processo – sempre há interrupção quando o investigado alega “exceção de suspeição” do magistrado.
O ministro do STJ manteve o entendimento anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, que decidira rechaçar a hipótese de parcialidade alegada pela defesa de Marinho, que entendia que a magistrada estaria sistematicamente decidindo a favor do Ministério Público.
“Saliento que a magistrada vem decidindo motivadamen- te, com apoio em provas e elementos de convicção respeitáveis; exerce, assim, atividade ju- risdicional de forma regular e legal”, escreveu o TJ-SP, citado pelo ministro do STJ.
Aécio deixa palanque onde Dilma discursava
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), possível candidato à sucessão presidencial em 2014, abandonou o palanque que dividia com a presidente Dilma Rousseff, ontem, na abertura da ExpoZebu, em Uberaba. Sua assessoria alegou que ele tinha um compromisso. Aécio e Dilma se cumprimentaram no início do evento, conversaram rapidamente e se reencontraram depois em almoço, com a presença do ex-presidente Lula.
Lula e os ‘dois PTs’
Dez anos de poder levaram à existência de dois PTs: o “eleitoreiro, parlamentar, o PT dos dirigentes”, e o partido da “base, igualzinho ao que era em 1980”, contrário às alianças política, mas ciente que, para ganhar, “tem que fazer acordos políticos”. A análise é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criador da legenda que nasceu num colégio católico, em bairro nobre paulistano, e agora “precisa voltar a acreditar em valores (…) que foram banalizados por conta da disputa eleitoral”, mas sem ser “sectário como no começo”.
As declarações do “principal protagonista” do PT fazem parte do livro 10 Anos de Governos Pós-Neoliberais no Brasil: Lula e Dilma, coletânea de 23 artigos organizada pelo sociólogo Emir Sader que será lançada no dia 13, em seminário no Centro Cultural São Paulo com participação da filósofa Marilena Chauí e do economista Mareio Pochmann, além do próprio Lula. Assinam os textos o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o físico Luiz Pinguelli Rosa, entre outros.
Para mercado, PIB vai crescer menos de 3%
Bancos e consultorias reveem para baixo as projeções de crescimento da economia do País para o ano. A maioria indica aumento do PIB inferior a 3%. A produção industrial cresceu 0,7% em março, desempenho aquém do esperado.
CORREIO BRAZILIENSE
Prostituição na Asa Norte ocorria até em “lan house”
Denúncias de moradores levam à interdição de 11 estabelecimentos irregulares suspeitos de funcionar como pontos de exploração sexual e tráfico de drogas. Operação ocorre 12 dias após assassinato de garota de programa em quitinete na 210.
Mensalão:Recursos não mudam penas, diz Barbosa
Presidente do STF afirma que recursos dos réus não têm poder para alterar condenações. “Tecnicamente, não”, ressalvou. Advogado de Jefferson pediu que Lula também seja investigado no caso.
Crise aponta para PIB abaixo de 3%
Elevação de apenas 0,7% na produção industrial, recessão na Europa e desaceleração na China derrubam previsões de crescimento no Brasil.
Recupera DF: Negocie e reduza dívida em até 99%
Programa da Secretaria de Fazenda concede abatimento nos juros e nas multas de pessoas físicas e de empresas em débito com o Fisco local. Prazo para acertar as contas se encerra no dia 29.
Terrorismo: Viúva está na mira do FBI
Polícia investiga se Katherine, mulher de um dos acusados do atentado em Boston, ajudou a planejar o ataque. Ela pode ter acessado sites de grupos islâmicos radicais.
Brasília, a bezerrinha clonada
O animal foi criado pela Embrapa, no DF, a partir de células do tecido adiposo, numa experiência inédita no Brasil.
Sancionado projeto que beneficia professores
GEAP demite gerente suspeito de corrupção
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