Folha de S. Paulo
Doleiro preso foi sócio da Petrobras em projeto de usina
Duas empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef foram sócias da Petrobras Distribuidora num consórcio escolhido para construir uma usina termelétrica em Suape (Pernambuco), segundo relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato.
O doleiro é réu numa ação penal sob acusação de ter lavado dinheiro desviado da obra da refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco. Mas é a primeira vez que ele aparece como sócio da estatal.
Uma das suspeitas investigadas é que Youssef conseguiu entrar no consórcio graças aos contatos políticos que ele tinha na Petrobras.
As empresas de Youssef que se associaram à estatal (Ellobras e Genpower Energy) não tinham atuação no mercado de energia. A Petrobras não quis se pronunciar. Com as duas empresas, Youssef detinha a maior fatia do consórcio, de 40%.
Dilma e Lula ironizam Aécio por ter feito aeroporto em terra de tio
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A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ironizou nesta sexta (1º) seu principal adversário na corrida ao Planalto, o tucano Aécio Neves, ao dizer que ampliou a capacidade dos aeroportos brasileiros e “não ficou com as chaves” dos terminais.
Foi a primeira vez que Dilma criticou o fato de Aécio ter construído, durante sua gestão como governador em Minas (2003-2010), um aeroporto em terreno de um tio-avô depois desapropriado pelo Estado, em Cláudio (MG), conforme revelou a Folha.
Em entrevista ao jornal “Gazeta do Norte Mineiro” publicada nesta sexta, o ex-presidente Lula já havia feito uma crítica indireta ao tucano, ao dizer que o Estado não pode ser tratado como “propriedade para benefício de uma família”.
No início da noite, no evento com Dilma, o petista fez novos ataques a Aécio ao dizer que ele tratou bem a imprensa mineira e, por isso, ela não fala mal dele. “Eu sinceramente estou quase deixando a campanha de lado e vou vir aqui fazer um cursinho para aprender como lidar com a imprensa para ela ser tão dócil como ela foi aqui [em Minas]”.
Gasto do Planalto com publicidade cresce 30% no primeiro semestre
O Palácio do Planalto concentrou seus gastos de publicidade institucional no primeiro semestre.
De 1º de janeiro a 30 de junho, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência informou uma despesa de R$ 109,3 milhões com propaganda. O valor é 29,7% maior do que o consumido no mesmo período de 2013, que foi de R$ 84,3 milhões.
A concentração de publicidade nos primeiros seis meses do ano ocorre por causa da Lei Eleitoral, que proíbe esse tipo de despesa nos três meses anteriores à eleição –ou seja, a partir de julho.
Em 2010, quando Lula era o presidente, o Planalto consumiu R$ 124 milhões em publicidade de janeiro a junho, o equivalente a 67,3% desse tipo de despesa naquele ano inteiro. O site da Secom não informa se esse valor é o da época ou se foi feita atualização monetária.
Neste ano, a previsão de gastos publicitários da Secom é em torno de R$ 170 milhões. Os R$ 109,3 milhões consumidos até junho equivalem a 64,3% do total. O percentual é semelhante ao verificado nesta época em 2010.
A prática de concentrar os gastos no primeiro semestre de anos eleitorais é comum também em governos estaduais e em prefeituras.
Dilma arrecada 31% menos que em 2010
Em sua primeira prestação de contas, a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) deve informar à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 10,1 milhões. O valor representa 68% do que a petista somou na largada da disputa de 2010, quando recebeu R$ 11,6 milhões –o equivalente a R$ 14,7 milhões em valores atualizados.
A maior parte dos recursos, R$ 8,6 milhões, foi repassada por empresas. A tesouraria da campanha declarou ter recebido ainda R$ 1 milhão dos cofres de partidos aliados. Outros R$ 500 mil seriam do comitê financeiro. As despesas da petista somam até agora R$ 86,3 mil.
PT e PSDB terão menos líderes evangélicos em suas campanhas
Personagens com participação controversa na eleição de 2010, pastores evangélicos deverão desempenhar um papel mais discreto no primeiro turno da disputa deste ano.
Isso porque a presença de lideranças religiosas nas campanhas mais competitivas deverá ser menor agora.
Do lado petista, muitos dos que apoiaram a presidente Dilma Rousseff quatro anos atrás não estão mais com ela.
Aliado de Suplicy violou lei eleitoral para divulgar foto
Considerada uma das principais imagens das eleições em São Paulo até agora, a foto do senador Eduardo Suplicy (PT) carregando nos ombros o candidato ao governo paulista pelo PT, Alexandre Padilha, circulou no Facebook como publicidade paga.
A prática é vedada pela Justiça Eleitoral, que proíbe a “veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga”. A divulgação da cena, que ocorreu nesta semana durante caminhada em Carapicuíba (SP) teria custado cerca de R$ 200, segundo Suplicy. O senador disse que a peça foi bancada por um aliado e negou envolvimento com a ação.
Servidores usam lancha destinada à fiscalização para passear na Bahia
Servidores federais foram flagrados usando uma lancha do governo, que deveria servir para fiscalizar a costa brasileira, durante um passeio de família no último domingo (27) no arquipélago dos Abrolhos, no sul da Bahia.
Fotos obtidas pela Folha mostram a lancha atracada perto da única ilha do arquipélago aberta a turistas, com um casal em trajes de banho, que namorava no convés, uma criança na cabine e dois homens com camisetas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade).
Órgão federal responsável pela fiscalização, o instituto confirmou a presença de servidores na embarcação, mas negou que estivessem num passeio. Procurado, o Ministério da Pesca, que cedeu a lancha, disse que pedirá esclarecimentos ao ICMBio.
Tortura ainda é comum no país, diz integrante da Comissão da Verdade
Após colher depoimentos de militares que atuaram na ditadura militar, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, traçou nesta sexta-feira (1º) um paralelo entre o Brasil atual e o do período do regime militar.
“A tortura persiste como uma política sistemática na segurança do país. Ela ainda é vista como algo comum e corriqueiro”, declarou Dallari.
O Estado de S. Paulo
Setor do agronegócio cobra segurança jurídica dos candidatos à presidência
Campanhas presidenciais arrecadam R$ 27,6 mi
Aécio trata Minas como propriedade, afirma Lula
Campos e Aécio culpam Mantega por pessimismo
‘Quem vota nulo ou branco tem perfil mais próximo da oposição’, diz diretora do Ibope
Padilha promete verba do PAC para água
Guerrilheiro Ruy Berbert foi morto sob tortura, diz juiz
Secretaria da Fazenda de SP demite juiz fiscal que comprou 41 imóveis
O Globo
No primeiro mês, Aécio arrecada mais que Dilma e Campos
A presidente Dilma Rousseff (PT) arrecadou no primeiro mês de sua campanha pela reeleição 35% a menos do que havia conseguido em doações no mesmo período da disputa de 2010. De acordo com a prestação de contas apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela recebeu R$ 9,6 milhões este ano contra R$ 14,76 milhões (em valores atualizados pelo índice oficial de inflação) quatro anos atrás, quando se elegeu para suceder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O candidato tucano à Presidência, senador Aécio Neves (MG), foi o que mais arrecadou neste primeiro mês, entre os principais presidenciáveis. A sua campanha informou ter obtido entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões.
O candidato do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, arrecadou em julho R$ 8,2 milhões.
Doadora da campanha de Lindbergh venceu licitações de R$ 3 milhões em prefeitura do PT
O candidato ao governo do Rio pelo PT, senador Lindbergh Farias, vai declarar à Justiça Eleitoral neste sábado que arrecadou até o momento R$ 525 mil para a sua campanha eleitoral. Deste total, R$ 475 mil foram repassados pelo diretório nacional do PT. Apenas duas empresas aparecem na lista de doadores: a AVM Digital Comércio de Aparelhos Telegônicos Ltda e a E Digital Comércio de Aparelhos Telefônicos Ltda, com doações de R$ 25 mil cada uma. As duas têm sede em Niterói.
Pelo menos uma das empresas, a AVM Digital, já ganhou licitações quase R$ 3 milhões para prestar serviços à prefeitura de Maricá, cidade da Região Metropolitana. O município tem como prefeito Washington Quaquá (PT), um dos coordenadores de campanha de Lindbergh.
‘Aumentamos a capacidade dos aeroportos e ninguém ficou com a chave’, diz Dilma
Em discurso para prefeitos aliados de Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff (PT) explorou o caso do aeródromo de Cláudio, obra feita em terras de parentes do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB), para atacar seu principal adversário na eleição deste ano. Acompanhada do ex-presidente Lula, Dilma criticou Aécio enquanto apresentava um balanço da atuação do governo durante a Copa do Mundo. Foi a primeira vez que a presidente petista, candidata à reeleição, utilizou o episódio politicamente em público.
A petista se referiu à denúncia de que as chaves do aeroporto de Cláudio, que recebeu R$ 14 milhões em investimentos do governo mineiro, ficavam guardadas com ex-prefeito da cidade, Múcio Guimarães Tolentino, tio de Aécio. Atualmente, a administração do espaço está sob responsabilidade da prefeitura.
Aécio lança campanha nas redes sociais contra votos nulos, brancos e abstenções
Um vídeo estrelado pelo candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, vai ser lançado neste sábado nas redes sociais para inaugurar uma campanha pela redução dos votos nulos, brancos e abstenções, e reforçar propagandas do Tribunal Superior Eleitoral com o mote “Vem pra urna”. Com cerca de 30% dos 145 milhões de eleitores ainda sem candidato atualmente, a campanha do PSDB pretende impedir que a presidente Dilma Rousseff se eleja no primeiro turno e se repitam situações como a de 2010, em que a petista foi eleita com apenas 55,7 milhões dos 135 milhões de eleitores aptos a votar, ou de 2006, quando Fernando Gabeira perdeu para os votos brancos, nulos e abstenções na eleição para governador do Rio de Janeiro.
Correio Braziliense
Campanhas de candidatos a presidente, governador e senador chega a R$4,3 bi
O gasto bilionário das campanhas majoritárias no Brasil representa mais de um terço do que será investido pelo governo federal, no mesmo período, nos três principais programas sociais do país: Bolsa Família, Mais Médicos e Minha Casa, Minha Vida. Conforme estimativa declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos a presidente da República, a governador e a senador, o valor total aplicado pelos postulantes vai chegar aos R$ 4,38 bilhões.
Os R$ 916 milhões que serão gastos na corrida eleitoral por 11 presidenciáveis que tentam chegar ao Palácio do Planalto, por exemplo, se aproximam do montante que o governo federal repassou neste ano à Organização Pan-americana de Saúde para custear o Mais Médicos. Cerca de R$ 973 milhões do Ministério da Saúde foram previstos como investimento para seis meses, a partir de março, quando o termo de ajuste com a entidade foi publicado no Diário Oficial, com a contratação de médicos cubanos. No ano passado, o investimento no Mais Médicos foi aproximadamente a metade do valor dos recursos que serão gastos pelos presidenciáveis. Em 2013, o Ministério da Saúde investiu R$ 511 milhões no programa. Os candidatos a senador informaram que devem investir até R$ 1 bilhão nas campanhas eleitorais. Os políticos que disputam os governos estaduais estimaram aplicar R$ 2,43 bilhões.
Para Cesar Romero, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), as campanhas políticas brasileiras são exorbitantes por uma série de questões. Como são muitos os partidos políticos, existe a necessidade de uma negociação maior para ampliar o tempo de televisão, o que implica gastos posteriores na produção do material para preencher esse espaço conquistado. “A eleição, hoje, decide-se pela televisão, não pelos comícios. O foco está concentrado meramente no marketing”, declarou.
Além disso, Romero lembra que são precisos investimentos para atingir todos os três públicos centrais que decidem uma eleição: a classe média urbana escolarizada, a população carente que mora na periferia das grandes cidades e os grotões brasileiros. “É preciso construir mecanismos para que o discurso chegue ao seu final”, completou o cientista político.
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