FOLHA DE S.PAULO
Dilma prepara medidas para tentar agradar a empresários
Com ações tributárias e de crédito, governo busca o apoio da indústria. Com empresários mais próximos da oposição, presidente deve revelar amanhã série de medidas ao setor privado
Para empresariado, ação é vista com bons olhos, mas é preciso verificar se promessas se tornarão realidade
Em período pré-eleitoral, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um “afago” para os empresários, que estão cada vez mais próximos dos candidatos de oposição nas eleições de outubro.
Ela recebe no Planalto nesta quarta-feira (18) representantes da indústria e deve anunciar um “pacote de bondades”. Será o terceiro encontro com o setor privado em menos de um mês.
As medidas, que ainda estavam em discussão, foram divididas em três grupos: tributárias, de crédito e regulatórias. Segundo apurou a Folha, contemplam diversos temas.
A reunião de amanhã é um “retorno” da presidente para as demandas que recebeu dos empresários em encontro realizado no dia 22 de maio. Ela promete responder todos os pleitos que recebeu.
Naquela ocasião, Dilma, que é muito criticada por governar sem ouvir o setor privado, fez questão de cumprimentar mais de 30 pessoas uma a uma. O encontro se estendeu por três horas, muito além do previsto.
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Perdeu, playboy
Com três gols de Müller, alemães atropelam melhor jogador do mundo e fazem 4 a 0 em Portugal. O melhor jogador do mundo foi atropelado pela eficiência de Thomas Müller e companhia.
Com três gols do atacante do Bayern de Munique, que se tornou o artilheiro do Mundial, a Alemanha derrotou Portugal de Cristiano Ronaldo por 4 a 0 na tarde desta segunda (16) em Salvador, na abertura do Grupo G. O quarto foi do zagueiro Hummels.
Foi o pior revés dos portugueses na história das Copas e a quebra de uma invencibilidade de 13 jogos e quase dois anos do time liderado pelo craque do Real Madrid. Cristiano Ronaldo teve uma jornada sofrível na Fonte Nova, a ponto de, no segundo tempo, ser vaiado várias vezes quando pegava a bola.
Voos para sedes da Copa estão mais vazios do que o esperado
Levantamento da Anac aponta que a taxa de ocupação dos voos para as cidades-sedes da Copa está em 37,5%, metade da média registrada na mesma época em anos anteriores. A taxa de ocupação dos voos previstos para a Copa está em cerca de metade da média registrada pela aviação doméstica no mesmo período de anos anteriores.
Levantamento feito pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mostra que a taxa média de aproveitamento de assentos em voos nas cidades-sede é de 37,5%.
A medição foi feita no dia 1º e leva em consideração os 45 dias seguintes. Até essa data, foram vendidos 4,3 milhões dos 11,5 milhões de assentos ofertados em 45 dias para a Copa, afirma a Anac.
A ocupação tende a aumentar, mas a Folha apurou que o volume de vendas das companhias nas últimas três semanas em todo o país caiu mais de 30%.
A estimativa do setor é de uma queda de ao menos 15% no movimento em relação ao ano passado em todo o país.
Má notícia para as empresas aéreas e para a economia, o baixo movimento pode ser bom para o governo. Menos gente voando alivia a pressão sobre a infraestrutura precária da maioria dos aeroportos.
Fortaleza nacional
Brasil pega o México no Ceará e tenta reviver euforia da Copa das Confederações; Hulk é dúvida. A seleção faz nesta terça (17), contra o México, o jogo que pode encaminhar sua classificação para a segunda fase da Copa, mas enfrenta o primeiro grande problema.
Hulk, jogador fundamental para o esquema tático de Luiz Felipe Scolari, está com dores na coxa esquerda, não participou do treino de segunda e é provável desfalque. Sua participação no duelo será definida no dia do jogo.
A seleção ficará perto da classificação antecipada para a segunda fase do Mundial se vencer e, na quarta (18), a Croácia empatar ou vencer a partida contra Camarões.
Caso Hulk não possa ir a campo, a seleção terá de mudar as características que levaram o time ao título da Copa das Confederações em 2013.
EUA se propõem a debater com Irã crise no Iraque
O Departamento de Estado dos EUA informou estar aberto a discutir com o Irã o avanço insurgente no Iraque. O presidente iraniano deu a entender que aceita dialogar. Parte do governo é contra
Decisão obriga Argentina a pagar dívida com fundo
A Suprema Corte dos EUA negou apelação da Argentina em ação contra um fundo de investimento que tem US$ 1,3 bilhão em títulos da dívida argentina que não foram pagos
FHC acusa Lula de levar a campanha a níveis ‘baixos’
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) rebateu, na manhã desta segunda-feira (16), em uma rede social, as acusações feitas pelo também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na convenção que oficializou a candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo, no domingo.
“Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça”, escreveu FHC.
PM é preso no Rio após deter repórter que o filmou
Uma repórter do jornal “O Globo” foi presa na tarde de domingo (15) ao tentar filmar uma ação de policiais militares antes do jogo entre Argentina e Bósnia no Maracanã, zona norte do Rio. Vera Araújo fazia imagens de um torcedor argentino sendo detido por urinar em frente ao viaduto Oduvaldo Cozzi, em São Cristóvão, bairro vizinho ao do estádio. Segundo a jornalista, o sargento Edmundo Faria, do grupamento de segurança da Copa, determinou que ela desligasse o equipamento.
Mesmo após Vera ter apresentado seu crachá, o sargento disse que ela seria presa “por desacato à autoridade”. (…) A repórter foi levada à 17ª DP (São Cristóvão). Lá, conta, uma assessora de imprensa da PM pediu para soltá-la.(…) Em nota, a PM informou que Faria está preso administrativamente até a conclusão da investigação sobre o caso.
Reação a vaia na Copa ajudou Dilma, avalia equipe da presidente
Assessores e a equipe de campanha da presidente Dilma Rousseff avaliam que ela saiu ganhando no início da Copa do Mundo e recebeu munição para se defender de ataques da oposição nesta fase de convenções para definições de candidaturas.
Além de as manifestações de rua estarem tímidas pelo país até o momento, os xingamentos dirigidos a Dilma na abertura da Copa, no Itaquerão, em São Paulo, resultaram em apoio e solidariedade a ela no campo governista e até na oposição.
Auxiliares destacavam como positivo o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, que levou ex-integrantes da cúpula do PT à prisão.
Na avaliação de assessores de Dilma, os xingamentos foram ruins, mas o governo conseguiu tirar proveito da “virulência” da torcida.
O GLOBO
País não terá como escoar a produção de gás
Um começo com recorde de gols
Equipe da NSA acompanha Joe Biden em visita ao Brasil
Espionagem deve ser tratada em reunião do vice americano com Dilma e Temer, porém não será o tema central do encontro
Uma equipe da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), pivô do azedamento das relações entre Brasil e Estados Unidos, acompanha o vice-presidente americano, Joe Biden, na visita ao país. Os funcionários da NSA, agência que espionou a presidente Dilma Rousseff, auxiliares dela e a Petrobras, segundo denúncia do ex-agente Edward Snowden, não devem participar do encontro que Biden terá nesta terça-feira com Dilma e com o vice Michel Temer. Mas é um sinal de que o tema espionagem estará presente na conversa que o americano veio ter com a mandatária brasileira.
Biden será recebido logo cedo por Temer em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu. E em seguida por Dilma, no Palácio do Planalto. O encontro com Dilma deve ser breve. Ela o receberá na sala de audiências, local onde a presidente recebe chefes de Estado e mantém reuniões ministeriais. Dessa reunião participarão além de Biden, Temer e Dilma, a embaixadora americana no Brasil, Liliana Ayalde, e a subsecretária de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson.
Um auxiliar da presidente afirma que embora o tema espionagem seja abordado, este não será o tema central do encontro. No entendimento de interlocutores de Dilma, Brasil e Estados Unidos mantém uma estreita agenda de trabalho nas mais variadas áreas, como ciência, educação e comércio, o que não foi abalado pelo vazamento de informações sobre Dilma ser alvo de monitoramento da NSA.
Dilma formaliza apoio a indicado de Cid Gomes em retaliação ao PMDB do Ceará
Decisão teria sido tomada após avaliação de que parte do diretório do partido, comandado por Eunício Oliveira, teria votado contra apoio à presidente
Menos de uma semana depois de garantir o tempo de TV e o apoio do PMDB nacional para sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff fechou ontem com o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), o apoio do PT a um dos cinco nomes de sua confiança que vai indicar como candidato para disputar o governo, esvaziando a pré-candidatura do líder peemedebista no Senado, Eunício de Oliveira. Fontes ligadas ao Planalto revelam que a decisão foi tomada depois que o diretório do Ceará, comandado por Eunício, foi contabilizado entre os que teriam dado votos contrários, levando a um resultado apertado na aprovação do apoio do partido a Dilma. “Ele não entregou o que prometeu”, dizem interlocutores de Dilma.
Eunício e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha (RS) negam, mas debitam ao Ceará parte da traição a Temer e a vitória apertada para apoiar a reeleição de Dilma.
– Ficou acertado que o PT vai apoiar o candidato de Cid. Só falta definir o nome. O PMDB de Eunício vai ficar só. Eu perguntei ao Berzoini taxativamente e ele me garantiu que o PT não arreda o pé e está fechadíssimo comigo na chapa para o Senado. Se arredar a loura disputa prévias na convenção do PT para bater chapa com o candidato do PROS – disse o ex-líder do PT, José Guimarães, negando que Cid tenha vindo pedir Dilma que retire seu nome da chapa para o Senado, alegando sua baixa performance nas pesquisas e problemas por causa do escândalo da cueca e ligação com o irmão mensaleiro José Genoíno.
Campos e Marina terão evento público no Rio com Miro
A convite do deputado federal Miro Teixeira (PROS), o pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva, visitam quarta-feira o Centro Cultural Cartola, na Mangueira, Zona Norte do Rio. De acordo com Miro, o intuito é chamar a atenção para os programas sociais que terão de ser desativados por falta de incentivo do poder público, e não por conta das incertezas que rondam sua candidatura ao governo do Rio.
Apesar de o PSB ter anunciado apoio a Miro, tanto entre socialistas quanto no PROS há quem defenda a retirada da candidatura.
– Leio notícias nos jornais que consideram normais porque a nossa coligação se baseia em ideias, em objetivos, e não em loteamento do poder. É algo que usualmente não acontece, é difícil. Tenho duas deliberações de comissões da executiva regional do PSB apoiando a minha candidatura e não tenho porquê não acreditar nelas.
Troca de farpas entre candidatos não fortalece processo eleitoral, afirmam analistas
Para especialistas, eleitores indecisos são contrários à radicalização nos discursos
A guerra de acusações e ataques proferidos por postulantes à Presidência da República afastam os eleitores indecisos e podem até tirar votos daqueles que já escolheram o candidato, mas são contrários à radicalização do processo eleitoral. A avaliação feita por especialista ouvidos pelo GLOBO é que os ataques feitos nos últimos dias, tanto da oposição quanto do governo, são negativos à campanha.
No sábado, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou durante a convenção que homologou sua candidatura à Presidência que uma tsunami varreria o PT do Planalto. No mesmo evento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o pais não quereria “mais os corruptos, os ladrões que ficam empulhando (o Estado)”.
No dia seguinte, o ex-presidente Lula reagiu a FH, afirmando que começou no seu governo a deterioração da relação entre Congresso e governo federal e reafirmou o discurso da “esperança contra o ódio”, que o PT tenta emplacar com o objetivo de vitimizar a presidente Dilma. Ainda no domingo, em Pernambuco, o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, afirmou que a continuidade do PT seria a manutenção de um “projeto comandado por um bocado de raposas que já roubaram o que tinham que roubar”.
Ibope/Firjan: Garotinho, Crivella e Pezão aparecem em empate técnico na disputa pelo Rio
Lindbergh está com 11% e Cesar Maia, 8%. Votos brancos e nulos chegam a 27%
A disputa pelo governo do Rio está acirrada, com candidatos tecnicamente empatados, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan) e obtida pelo GLOBO. O deputado federal Anthony Garotinho (PR) aparece com 18%, seguido pelo senador Marcelo Crivella (PRB), com 16%. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) tentará a reeleição e tem 13% das intenções de voto, enquanto o senador Lindbergh Farias (PT) recebeu 11%. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Chama a atenção o percentual de pessoas que disseram que vão votar branco ou nulo, maior do que o de qualquer pré-candidato: 27%. Na capital, o percentual vai a 37%. Há ainda 6% que não souberam dizer quem escolheriam para governar o estado ou não responderam à pergunta feita pelo instituto. Não é possível comparar a pesquisa atual com levantamento anteriores, que levavam em conta um cenário diferente. Desde as manifestações de junho do ano passado, os próprios partidos têm feito internamente uma leitura de que o número de votos brancos e nulos vai aumentar nas eleições gerais deste ano. Ainda entre os eleitores da capital, Crivella, Pezão e Garotinho aparecem tecnicamente empatados, com índices que variam entre 14% e 12%.
A pré-candidatura de Lindbergh foi motivo de crise entre petistas e peemedebistas no estado, o que fez uma parcela do PMDB abandonar o barco da reeleição da presidente Dilma Rousseff para caminhar com o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves.
Na disputa pelo Senado, Cabral tem 26%, Romário 22% e Jandira 20%
Na disputa pelo Senado, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) aparece com 26%, tecnicamente empatado com o deputado federal Romário (PSB), que tem 22%. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) tem 20%. A pesquisa Ibope foi encomendada pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan).
Os votos em branco e nulos somam 26%. Ao todo, 6% dos entrevistados não souberam responder em quem vão votar ou não responderam ao questionamento feito pelo instituto.
Enquanto Sérgio Cabral e Jandira apresentam percentuais semelhantes entre eleitores dos dois sexos, o ex-jogador de futebol Romário tem 30% das intenções de votos entre os homens e 15% entre as mulheres.
Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o ex-governador alcança um índice que chega a 31%. Cabral tem um percentual bem acima dos demais pré-candidatos entre os eleitores que cursaram até a 4ª série (atual 5º ano) do ensino fundamental (34%), mas, entre os entrevistados de nível superior, tanto Jandira quanto Romário têm um desempenho melhor que o do peemedebista. Ambos aparecem com 24% das intenções de voto.
VALOR ECONÔMICO
Argentina pagará dívida e Cristina fala em ‘extorsão’
Decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, contrária à apelação da Argentina e favorável a um grupo de credores que não aceitaram a reestruturação da dívida de 2001, colocou o país em situação difícil. A presidente Cristina Kirchner considerou o pagamento “uma extorsão”
Mensalão volta a assombrar o PT
Partido avalia que só agora sente efeitos da Ação Penal 470. A três meses e meio da eleição, dirigentes do PT avaliam que nunca antes, desde 2005, os efeitos do mensalão se fizeram sentir sobre o partido como agora, nas eleições de 2014. A situação é atribuída sobretudo ao desgaste produzido pelo julgamento da Ação Penal 470, entre agosto e dezembro de 2012.
Rede e PSB enfrentam-se em Minas
Delgado e Heringer vão disputar a convenção definirá a candidatura ao governador. Os aliados do presidenciável do PSB, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos, e de sua companheira à vice na chapa, a ex-senadora Marina Silva, irão disputar no voto a candidatura ao governo de Minas Gerais pelo partido. Não houve acordo entre o presidente estadual da sigla, o deputado Júlio Delgado, e o médico Apolo Heringer, professor da UFMG e militante dos grupos armados VPR e VAR-Palmares no início do regime militar, época em que conviveu com a presidente Dilma Rousseff na luta armada.
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Campos avança sobre base governista em negociação com Crivella
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Anistia é da alçada do STF, diz presidente do STM
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Com despesas em alta, Haddad aposta em Congresso e STF para aumentar receita
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Fundo de Brics terá regras duras de saque
O novo fundo compartilhado de reservas dos Brics deve ter regras tão duras para saques que dificilmente se tornará uma alternativa concreta e independente ao FMI. O volume de recursos não deve ser elevado e a liberação da maior parte do dinheiro dependerá de acordos com o próprio FMI
Mercado vê incentivos com restrições
As medidas de incentivo ao mercado de capitais anunciadas ontem foram, em geral, bem recebidas. No entanto, a segmentação dos benefícios foi criticada por executivos do mercado financeiro
Ajustes na rota
O ING vai vender suas participações em seguradoras, inclusive os 10% na SulAmérica, até 2016, como parte do plano de seu presidente, Ralph Hamers, para voltar a ser um “banco puro”
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A indústria automobilística brasileira vive um novo ciclo de modernização. Dominadas por robôs e equipamentos inteligentes, as fábricas que estão sendo inauguradas por montadoras novatas ou reformadas pelas marcas mais antigas no país são o melhor retrato do avanço da automação no setor
Haddad: caixa baixo e muita expectativa
Os planos do prefeito Fernando Haddad (PT) para elevar as receitas da cidade de São Paulo apoiam-se em boa parte em instrumentos fora do seu controle, como as aprovações do novo indexador da dívida com a União e da reforma do ISS, além do julgamento favorável do Judiciário para a elevação do IPTU
Mundial cria poucas vagas formais
A Copa deu ajuda modesta ao emprego formal nos setores de alojamento, alimentação e agências de turismo. Nas 12 cidades-sede, foram criados 3 mil novas vagas nessas áreas até abril deste ano
O ESTADO DE S.PAULO
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MPF investiga esquema no Paraná igual a Abreu e Lima
O Ministério Público Federal suspeita que as obras da Petrobrás na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, tenham sido alvo do mesmo esquema investigado na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Relatório de procuradores que atuam no Estado diz que recursos de contratos superfaturados na unidade de refino paranaense podem ter abastecido empresas ligadas ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef. Conforme o documento, concluído em maio, há “conexão entre os desvios” na refinaria pernambucana, um dos focos da Operação Lava Jato, e supostas irregularidades em contratos para modernizar a Repar.
Universal quer Dilma em abertura de templo
A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) prepara um evento político para 17 dias antes do início da campanha eleitoral na TV. Seus dirigentes querem reunir a presidente Dilma Rousseff (PT), os 27 governadores, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), os ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB) para inaugurar um de seus mais importantes projetos religiosos: o Templo de Salomão, instalado no Brás, na região central de São Paulo.
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Bastidores: Ofensa à presidente teve efeito positivo, avaliam petistas
CORREIO BRAZILIENSE
Pimenta neles, Brasil!
Partida contra o México, às 16h, será decisiva para a Seleção garantir vaga nas oitavas de final da Copa
Turistas ajudarão a reduzir deficit
Expectativa do BC é de que os 600 mil estrangeiros esperados para o Mundial injetem cerca de US$ 750 milhões na economia em junho e julho. Com isso, cairia à metade o rombo mensal da conta viagem, que em média tem ficado em US$ 1,5 bilhão.
Que coisa feia!
A Alemanha transformou a estreia do melhor jogador do mundo num pesadelo. Portugal cabou massacrado, por 4 x 0, e Cristiano Ronaldo foi ofuscado por Thomas Müller, autor de três gols.
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Quem perde, segundo analistas, é o eleitor brasileiro por causa do debate empobrecido
A 20 dias do início da corrida eleitoral — a legislação prevê que a campanha oficial só pode ser feita a partir do dia 5 de julho —, os ataques mútuos entre os postulantes ao Palácio do Planalto aumentaram de tom, especialmente após o primeiro fim de semana de convenções partidárias. Pré-candidato do PSDB, Aécio Neves (MG) afirmou que deseja “varrer o PT do governo”, em ato da legenda no sábado. No domingo, o ex-presidente Lula lançou o petista Alexandre Padilha ao governo paulista, ressuscitou a denúncia de compra de votos para aprovação da emenda da reeleição de Fernando Henrique e disse que a “esperança vai vencer o ódio”. E Eduardo Campos (PSB) disse que o governo é comandado por “um bocado de raposa que já roubou o que tinha que roubar, que já tomou o que tinha que tomar e que não vai dar ao Brasil nada de novo”.
O tom de animosidades recíprocas, que atingiu o ápice no fim de semana, não é um fenômeno atual. Em diversos momentos de campanhas presidenciais recentes, o espaço destinado à discussão de temas importantes para o país, seja do ponto de vista econômico, social ou político, foi ocupado por ataques pessoais entre os candidatos, empobrecendo o debate. O que chama a atenção no embate de agora é a intensidade em uma fase em que as atenções do eleitorado estão concentradas na Copa do Mundo, não na disputa eleitoral. Ainda no ano passado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “faria o diabo para se reeleger”, em uma frase enxergada pela oposição como um salvo-conduto para os petistas atacarem duramente os adversários na disputa eleitoral deste ano.
Dilma Rousseff se aproxima do Pros no Ceará e complica aliança com PMDB
Presidente se reuniu com o governador do Ceará, Cid Gomes, e o do Amazonas, José Melo, ambos do Pros, legenda que vem ensaiando discurso de oposição em alguns estados.
A cinco dias da convenção que vai homologar a pré-candidatura à reeleição, a presidente Dilma Rousseff dedicou parte da segunda-feira à costura do apoio de legendas aliadas e à tentativa de destravar problemas nos palanques regionais. Ela se reuniu com o governador do Ceará, Cid Gomes, e o do Amazonas, José Melo, ambos do Pros, legenda criada para apoiá-la, mas que vem ensaiando discurso de oposição em alguns estados. Além do Pros, Dilma tem problemas com o PP, o PR e o PDT nas unidades da Federação, além do PMDB, que manifesta insatisfação com aproximação da presidente com o Pros no Ceará.
O PMDB, aliás, ratificou a manutenção do vice-presidente Michel Temer na chapa que disputará a reeleição por uma margem apertada, externado as desavenças na sigla. Parte dos votos dissidentes foi dado justamente pela ala cearense, comandada pelo senador Eunício Oliveira, pré-candidato ao governo local. O peemedebista está rompido com Cid e ainda aposta em uma reconciliação, com auxílio de Dilma e do PT cearense. No estado, contudo, o Pros planeja lançar candidatura própria e apoiar o petista José Guimarães ao Senado. Se isso acontecer, Eunício ameaça coligar-se com o PSDB.
A reunião com a presidente durou duas horas e meia e foi acompanhada pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior (leia mais na coluna Brasília-DF). A cúpula do partido reclama que não está contemplada no primeiro escalão do governo federal, pois o ministro da Integração Nacional não seria uma indicação da legenda, e sim dos irmãos Gomes. Eurípedes negou que a reunião tivesse o objetivo de pedir mais uma pasta. “Deixamos claro que o Pros não quer trocar apoio por ministério.”
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