Folha de S. Paulo
Deputado tem empresa com doleiro, diz contadora
O deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) é sócio informal de Alberto Youssef na empreiteira Malga Engenharia, segundo informações prestadas à Polícia Federal (PF) pela contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro.
Argôlo era o parlamentar mais próximo de Youssef, segundo dados reunidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. As investigações revelam que o deputado e o doleiro trocaram 1.411 mensagens em seis meses, entre setembro do ano passado e março deste ano –uma média de quase oito por dia.
A Malga e pagamentos são assuntos frequentes nessa troca de mensagens.
Youssef chegou a entregar dinheiro no apartamento que a Câmara dos Deputados cede a Argôlo, de acordo com a PF. O deputado, por sua vez, usou recursos da Câmara para pagar passagem e hotel para encontros com o doleiro.
A Malga é uma das três empresas de Youssef que não eram de fachada (as outras são a Web Hotéis e a rede de agência de viagens Marsans), ainda segundo documentos apreendidos pela PF.
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Conselho de Ética ouve depoimentos na quarta
O Conselho de Ética da Câmara marcou para esta quarta-feira (13) uma nova rodada de depoimentos das testemunhas indicadas pela defesa do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), que responde a um processo por quebra de decoro parlamentar devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.
Prefeitos cobram tarifa menor no transporte
Descontentes com o governo federal devido ao não cumprimento de promessas feitas após as manifestações de junho de 2013, prefeitos das principais capitais do país vão cobrar dos maiores candidatos à Presidência nesta semana compromisso com tarifas de ônibus menores nos próximos anos.
Os prefeitos devem entregar na próxima quinta-feira (14) uma carta aberta às coordenações das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seus dois principais rivais, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Campanha de Pernambuco paga R$ 30 por dia para “homens-cartazes” ambulantes
Em maio deste ano, Souza de Andrade, 22, trabalhava na construção de um edifício de cinco andares na região de Prazeres (Grande Recife), quando foi dispensado com outros 24 pedreiros.
“O mestre de obras é sobrinho de um deputado federal de Lagoa do Carro [60 km do Recife]. Aí ele botou a gente pra fora e colocou a turma dessa cidade pra ganhar voto. Quando a eleição acabar, ele disse que põe a turma pra fora e põe a gente de novo. É tudo malandro”, explicou à reportagem, enquanto esperava a luz vermelha do semáforo na avenida Boa Viagem, zona nobre do Recife.
A campanha eleitoral que tirou o emprego de Andrade acabou lhe dando outro trabalho: o de cabo eleitoral.
Candidatos doam R$ 5,2 milhões a nanicos nos Estados
Candidatos aos governos estaduais já repassaram, no primeiro mês de campanha, R$ 5,2 milhões em doações a partidos ou candidatos aliados, que integram as chapas. São 24 siglas, como PSDC, PRB, PTN, PPL, PMN e PSL. Algumas estavam divididas quanto a quem apoiar e fizeram escolhas na última hora.
Os candidatos negam que os repasses tenham sido condição para os acordos e dizem que a prática, permitida por lei, é comum em campanhas.
O campeão nas doações a aliados até agora é Delcídio Amaral (PT-MS), com R$ 3,1 milhões. É quase metade do total de gastos na eleição que ele declarou até agora.
Dilma critica proposta de corte de ministérios de adversários
A presidente Dilma Rousseff (PT) criticou neste domingo (10) as propostas de redução no número de ministérios, defendidas por seus principais adversários à Presidência.
Para Dilma, pastas menores são fundamentais para políticas públicas. Ela afirmou que secretarias como a de Políticas para Mulheres ganham força com status de ministério.
Gráfica lacrada pelo TRE é fornecedora do governo do Rio
A gráfica High Level Signs, lacrada na última sexta-feira (8) sob suspeita de produzir irregularmente material da campanha de reeleição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), é fornecedora de agências de publicidade contratadas pelo governo do Rio.
Ela é responsável por produzir o material gráfico de alguns programas do Estado, como Lei Seca, Barreira Fiscal, entre outros. O nome da empresa consta de listagem publicada, por força de lei, no site da Casa Civil estadual.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio afirma haver indícios de desvio de dinheiro público para a produção do material de campanha de Pezão e de nove candidatos a deputado de sua coligação.
Tentam atirar em Graça Foster para atingir Dilma, diz diretor da Petrobras
A poucos metros da sala onde uma conversa gravada de três funcionários sugeriu uma operação casada para favorecer depoentes na CPI da Petrobras, o diretor corporativo da estatal, José Eduardo Dutra, concedeu entrevista à Folha e associou o episódio a uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo Dilma Rousseff.
“Estão tentando acertar na Graça [Foster, presidente da Petrobras] para atingir Dilma”, afirmou.
Ex-presidente do PT, Dutra fugiu do figurino técnico tradicionalmente presente nas entrevistas de executivos da estatal. Ele defendeu a demissão por justa causa de quem gravou o vídeo clandestino.
Sobre a saúde financeira da empresa, que passa por dificuldades de caixa, afirmou que o mecanismo aprovado em 2013 como sinal de regularidade na definição do preço da gasolina e do diesel não determina seu aumento, como chegou a ser indicado pelo próprio conselho de administração em dezembro.
O Estado de S. Paulo
Dilma convoca entrevista e chama de ‘factoide’ denúncia sobre Petrobrás
Empresas citadas na Operação Lava Jato doaram R$ 24,3 milhões a candidatos e partidos
CPI vai convocar contadora de doleiro
Segurança vira mote dos candidatos ao Senado
TRE fecha gráfica por suspeita de desvio de recursos públicos
Comissão cobra desculpas das Forças Armadas
O Globo
Relator da CPMI da Petrobras vai pedir convocação de contadora do doleiro Youssef
O relator da CPI Mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), disse neste domingo que vai pedir a convocação da contadora Meire Bomfim Poza para prestar depoimento sobre suas denúncias envolvendo o doleiro Alberto Youssef. O petista disse que ela se tornou uma “peça-chave” nas investigações. Na véspera, o PPS, o DEM e o PSDB avisaram que queriam o depoimento da contadora. Segundo a revista “Veja”, Meire, que era contadora de Youssef – preso na operação Lava Jato da Polícia Federal – revelou detalhes sobre como funcionava o esquema que tinha como supostos beneficiários empreiteiras, políticos e agentes públicos.
Valor Econômico
‘Lula terá mais presença em um 2º mandato’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um protagonismo maior num eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff do que teve no primeiro. É o que afirma o presidente do PT, Rui Falcão, em entrevista exclusiva ao Valor PRO. Em caso de vitória de Dilma, Lula deverá ter um comportamento diferente do adotado desde que sua sucessora chegou ao poder, diz Falcão. Para o petista, Lula se distanciou para que Dilma tivesse brilho próprio, evitando a sobreposição de liderança que geralmente ocorre em disputas de poder “entre quem indica e quem sucede, entre criador e criatura”.
Sem adversários, Kátia Abreu deve ser reeleita para presidir a CNA
Criticada por parte dos produtores rurais pela proximidade com o governo Dilma, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) deve ser reeleita para presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no dia 14 de outubro, segundo dez parlamentares, sindicalistas e ruralistas ouvidos pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor.
Estacionado no NE, Campos investe para alcançar Dilma
Apenas 120 quilômetros separam as capitais Recife e João Pessoa, mas é bem mais ampla a distância entre os desempenhos do candidato à Presidência do PSB, Eduardo Campos em Pernambuco e na Paraíba. Se em Pernambuco, Estado em que foi governador por oito anos, Campos se aproxima da presidente Dilma Rousseff na liderança nas intenções de voto, na Paraíba o candidato briga para se firmar no segundo lugar contra o presidenciável do PSDB, Aécio Neves (PSDB). Essa situação se repete em toda a região Nordeste.
Denúncia contra Petrobras é factoide, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff saiu ontem em defesa da Petrobras e sua diretoria, em meio à articulação da oposição para convocar na CPI mista que investiga a estatal a contadora do doleiro Alberto Youssef. O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), disse concordar com a realização do depoimento de Meire Poza.
Correio Braziliense
Parlamentares faltaram 6.063 vezes sem justificativa nesta legislatura
Criticados por institucionalizar a gazeta na Câmara em 2014, com os feriados prolongados, a produtividade próxima do zero durante a Copa do Mundo e o recesso branco nos meses de campanha, os deputados também aumentaram o número de faltas sem justificativa em sessões ordinárias e extraordinárias. A seis meses do fim da 54ª Legislatura, que começou com a posse dos parlamentares em 2011, já foram registradas 726 ausências a mais do que nos quatros anos do período anterior. De 1° de fevereiro de 2011 até 31 de julho deste ano, foram 6.063 faltas não justificadas, contra as 5.337 computadas em toda a legislatura passada.
O número da gazeta na legislatura presidida primeiramente por Marco Maia (PT-RS) e depois por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) já é 14% maior do que a anterior. Na contramão, o percentual de dias de sessões deliberativas está 14% menor. Levantamento do Correio mostra que os congressistas tiveram 422 dias de sessões, de 2007 a 2010, contra 360 de 2011 a 31 de julho deste ano. A defasagem é de 62 dias de atividades no plenário. Em ritmo mais lento devido às eleições, a expectativa é de que os congressistas se reúnam apenas 24 dias para apreciar projetos nos cinco meses que antecedem o fim do mandato. Além da Copa do Mundo, a das Confederações, em 2013, também interferiu na redução do expediente do Congresso.
Líder do ranking de faltosos por duas legislaturas seguidas, o deputado Wladimir Costa (SDD-PA) deixou de comparecer às sessões por 160 dias desde 2011, quando assumiu o terceiro mandato consecutivo na Câmara. Se levado em consideração o número máximo de 12 sessões por mês, o deputado teria faltado a 13 meses de atividades no plenário. Em 79 ocasiões, a Câmara abonou as faltas, aceitando as justificativas apresentadas. Em casos de abono, não é descontado nenhum valor do salário. As outras 81 faltas, porém, permanecem sem explicação, como consta no Portal da Transparência da Câmara.
De 2007 a 2010, o deputado faltou 106 vezes sem razão justificada, e outras 24 com motivos abonados. Nas duas legislaturas, Wladimir deixou de comparecer a 290 dias de sessões deliberativas — quando são apreciadas matérias.
Falta de diálogo de Dilma com Congresso aumenta paralisações em votações
Uma das razões apontadas por especialistas para justificar o alto índice de faltas sem justificativa dos deputados é a improdutividade nas sessões deliberativas. Sem acordo, a pauta de votações acaba trancada, emperrando a análise de propostas de interesse público. A pauta bloqueada estimula o congressista a permanecer no estado de origem em vez de viajar para Brasília. “Houve um aumento do número de MPs (medidas provisórias) do governo trancando a pauta durante longo período. Parlamentares vinham para Brasília, não deliberavam e passavam a não vir mais”, ressalta Antônio Queiroz, analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
A pouca capacidade de negociação da presidente Dilma Rousseff com o Congresso teve papel fundamental na paralisação de algumas votações na Câmara. “Sem acordo para as votações, o governo segurou o quanto pôde a pauta. Em vários temas que não interessavam ao Planalto — como a criação de municípios, o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e a PEC do Orçamento Impositivo —, o governo usava MPs para trancar a pauta”, afirma Queiroz.
O cientista político pela Universidade de Brasília João Paulo Peixoto salienta que Dilma tem menos “tato” com o Congresso do que o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. “Inegavelmente, Lula tinha mais paciência, aptidão e gosto pela política do que Dilma. Isso era um fator de motivação para o parlamentar, que sentia prazer de negociar, de estar com o presidente. Não havendo esse clima, a tendência é de um certo desencanto.”
Nesse contexto, as ausências em plenário se multiplicam. “O aumento de faltas se dá pela dinâmica de votações relevantes. Sem elas, o deputado não comparece. Ou se sente menos compelido a ir ao plenário”, diz o cientista político Murillo de Aragão. “Outro fato é a realidade de que a participação em plenário não é a única atribuição de um deputado. Muito ocorre nas comissões ou em audiências no Poder Executivo”, completa.
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