O ESTADO DE S. PAULO
Barbosa quer triplicar teto de gasto do CNJ com servidor
Sem conseguir nos bastidores emplacar no Congresso mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, quer editar resolução que praticamente triplica o limite de gastos do órgão com o pagamento de pessoal. Em valores, Barbosa busca aumentar em R$ 74 milhões o teto do CNJ para contratação de servidores – de R$ 40,4 milhões para R$ 114,4 milhões. A manobra desafia o Tribunal de Contas da União (TCU), que considera obrigatório o aval do Legislativo para as alterações.
Para não precisar do Congresso, que desde 2009 debate novos parâmetros da LRF para o Judiciário, Barbosa pediu aos presidentes de quatro tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunal Superior Eleitoral) que cedam ao CNJ parte dos seus limites de despesas. A proposta de resolução, assinada pelo ministro, precisa ser aprovada pelo plenário do conselho. Sem ela, o órgão estourará o máximo de gastos definido pela legislação e não poderá convocar todos os candidatos já aprovados no concurso feito este ano.
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Conforme informações encaminhadas pelo CNJ aos quatro tribunais superiores, às quais o Estado teve acesso, o limite atuai de despesas “mostra-se insuficiente para comportar as presentes despesas e os acréscimos decorrentes do provimento de cargos”. Os gastos previstos na lei orçamentária já ultrapassariam o limite de despesas com pessoal definido para este ano. Em alguns cenários, incluindo aumento de salário e contratação dos 177 candidatos aprovados em concurso para o CNJ, o limite poderia ser extrapolado em cerca de R$ 9 milhões.
O CNJ foi criado após a aprovação da LRF, sancionada em 2000. Por isso, os limites de gastos do órgão vêm sendo definidos por normas internas – a mais recente é a Resolução 26, de 2006, em vigor atualmente. Segundo o TCU, contudo, a solução é irregular, pois uma lei complementar não pode ser alterada pela caneta dos conselheiros.
Novos TRFs custarão R$ 1 bi
A criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) vai gerar um custo adicional de pelo menos R$ 922 milhões por ano e não resultará em aumento da produtividade dos magistrados nem proporcionará maior acesso à Justiça, conforme estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A proposta foi promulgada, na semana passada, pelo deputado André Vargas (PT-PR), que assumiu a presidência do Congresso de forma interina. A emenda constitucional 73 cria os tribunais em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Amazonas.
“A conclusão é que será gasto quase R$ 1 bilhão por ano e que não haverá benefícios razoáveis. Essa emenda pode se revelar um verdadeiro desperdício de recursos”, disse Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea.
Moção propõe que a Lei da Anistia seja revista
A atual coordenadora da Comissão Nacional da Verdade, a advogada Rosa Maria Cardoso, voltou a defender ontem a revisão da Lei da Anistia em vigor no País. Ela se manifestou durante audiência pública realizada pela Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, durante a qual foi lançada moção propondo uma campanha nacional pela reavaliação da lei. O texto da moção é o primeiro passo para uma campanha nacional em defesa da reinterpretação daquela decisão, adotada em 1979, ainda durante a ditadura.
Ressalvando que falava em seu nome, e não no da comissão, Rosa Maria disse que o Brasil deve cumprir a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Divulgada em dezembro de 2010, a sentença diz que a anistia dada pelo Brasil aos policiais e militares que, durante a ditadura, cometeram crimes contra os direitos humanos, tais como tortura, sequestro e ocultação de cadáver, viola a Convenção Americana – para a qual esses crimes são imprescritíveis. A Lei da Anistia foi, na concepção da corte internacional, uma autoanistia, o que também viola convenções das quais o Brasil é signatário.
Investigação vê uso político de verbas públicas por Geddel
Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta o uso de recursos do governo federal para favorecer interesses políticos do ex-ministro da Integração Nacional e atual vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), na Bahia.
Em depoimento, um dos responsáveis pela Secretaria Nacional de Defesa Civil na gestão do peemedebista contou que a ajuda humanitária só foi enviada a municípios baianos em 2008 por causa da “rivalidade política” entre Geddel e o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), mesmo contrariando normas do órgão. Os dois disputariam eleições em 2010. As declarações constam de processo disciplinar aberto pela CGU para apurar irregularidades na compra, ao custo de R$ 61,5 milhões, de produtos de socorro às vítimas das chuvas. O órgão puniu três servidores subordinados a Geddel na época – o ex-secretário Nacional de Defesa Civil Roberto Guimarães, o ex-diretor do Departamento de Minimização de Desastres Marcos Antônio Moreira e o então coordenador-geral do departamento, Sérgio José Bezerra por suposta lesão aos cofres públicos. O peemedebista não foi investigado.
Afif assume governo de SP e retoma PPPs
Governador em exercício de SP, Guilherme Afif Domingos (PSD) retomou projeto das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para vencer “boicote” de secretários à sua passagem pelo comando do Estado. Ministro, ele foi exonerado para poder assumir o governo até sexta.
MPF pede a Dilma dados sobre Rose
O Ministério Público Federal pediu à presidente informações sobre sindicância que investiga atos de Rosemary Noronha.
BC intervém, mas dólar fecha no maior valor desde 2009
Pela primeira vez no ano, o Banco Central fez ontem duas intervenções no mercado para tentar conter o dólar. Durante o dia, a moeda americana chegou a R$ 2,16 e fechou em R$ 2,1480, alta de 0,56%, o maior valor em relação ao real desde 30 de abril de 2009. O real vem se desvalorizando nas últimas semanas, pressionado por fatores externos e internos.
Argentina quer controlar o paralelo
O governo argentino controla a cotação do dólar oficial e quer agora determinar o valor do dólar paralelo. A meta é um teto de 6 a 7 pesos. Na quinta-feira, a moeda estava cotada a 8,52 pesos para compra e 8,57 para venda.
Quebra-quebra no Rio
Manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus no Rio entram em confronto com a polícia. O Movimento Passe Livre promete novo protesto hoje em SP. Em Paris, o prefeito Fernando Haddad montou ‘sala de situação’ para acompanhar manifestação.
Americano que revelou ação dos EUA busca asilo
Sem garantia de permanência em Hong Kong, o americano Edward Snowden, que revelou dados sobre o programa ultrassecreto de vigilância dos EUA, procura asilo na Islândia. Ontem, ele deixou o hotel onde se hospedava. Seu destino é desconhecido.
MEC cria avaliação para aluno do 3º ano
Crianças do 3º ano do ensino fundamental terão de fazer uma prova que vai avaliar a alfabetização em todo o País. O Ministério da Educação (MEC) formalizou ontem a criação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), que deverá conferir, a partir deste ano, a qualidade e a eficiência do ciclo do 1º ao 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas de forma censitária.
Minha Casa puxa investimentos do PAC
Crianças do 3º ano do ensino fundamental terão de fazer uma prova que vai avaliar a alfabetização em todo o País. O Ministério da Educação (MEC) formalizou ontem a criação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), que deverá conferir, a partir deste ano, a qualidade e a eficiência do ciclo do 1º ao 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas de forma censitária.
FOLHA DE S.PAULO
Análise do mensalão vai durar até 2 anos, diz ministro do STF
Para Dias Toffoli, esse deve ser o tempo necessário para que o Supremo Tribunal Federal julgue todos os recursos. O ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, estima que o julgamento do mensalão vá demorar ainda de um a dois anos para ser concluído. Só então serão executadas as penas. Até lá, os réus devem permanecer em liberdade, inclusive os quatro deputados que hoje exercem mandato.
Em entrevista à Folha e ao UOL, Toffoli calcula que o julgamento dos chamados embargos de declaração (recursos que contestam possíveis inconsistências na sentença) deve começar no segundo semestre e se estender até a metade do ano que vem.
Depois será a vez dos embargos infringentes, caso seja admitida a sua análise (há quem defenda que eles são inconstitucionais). Esse tipo de recurso, que pede um novo julgamento, ocorre no caso de réus que tiveram pelo menos quatro votos a seu favor, dos onze possíveis.
Ex-advogado do PT e ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil –um dos condenados no mensalão–, Toffoli nega ter recebido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou ao Supremo em 2009. Sobre se sentir impedido pela ligação anterior com o PT, ele afirma que fez uma análise solitária e concluiu que deveria participar do julgamento.
‘Lula era um presidente que ouvia mais’
Para ministro do STF, atuação do petista difere do estilo centralizador de Dilma, que tem ‘mais certezas do que dúvidas’ Dias Toffoli afirma que Lula nunca interferiu em seu trabalho no período em que chefiou a Advocacia da União. (…)
O sr. participou do governo do ex-presidente Lula. Conheceu como funcionava. Agora, acompanha o governo de Dilma. Quais as diferenças?
O estilo é diferente. Pelo que eu leio, o estilo da presidente Dilma é um estilo que se baseia mais na autoridade versus subordinação. O presidente Lula era um presidente que ouvia mais, que sentia mais e depois ele tomava uma decisão. Ele não tinha ideias preconcebidas, não tinha certezas. Ele tinha mais dúvidas que certezas.
E a presidente Dilma?
Penso que tem mais certezas do que dúvidas. É um estilo diferente.
Ela delega menos?
Ela delega menos, centraliza mais. Pode-se tentar deduzir diversas hipóteses. Que a mulher é mais centralizadora. Enfim, não sei as razões. O que eu posso dizer é que o presidente Lula nunca interveio no meu trabalho. Nunca disse: “Toffoli, isso que você falou está errado. Esse parecer está equivocado”, “Toffoli, faça um parecer assim, que eu estou precisando”. Nunca. Nunca o presidente Lula interveio no trabalho, quando eu fui subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, nem quando eu fui advogado-geral da União. E ele sempre ouviu minhas opiniões, sempre foi atento. Sempre tive a liberdade de dizer não.
Campos ataca ‘torcida para dar errado’ na economia
Após criticar os rumos da economia sob Dilma Rousseff, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), censurou ontem, sem citar nomes, os que “torcem para [para o desempenho econômico do país] dar errado”.
“Eu acho lamentável que as pessoas, para viabilizar uma candidatura, tenham que torcer para dar errado”, afirmou o governador, em um evento no Recife, após ter sido questionado sobre a queda de popularidade de Dilma, atestada pelo Datafolha.
O levantamento mostrou que a aprovação ao governo caiu de 65% para 57% em dois meses e meio. As intenções de voto da petista caíram de 58% para 51% no cenário mais provável para 2014.
PT apressa escolha de candidato em SP
O PT de São Paulo pretende concluir em até 30 dias a escolha de seu candidato para disputar o governo do Estado em 2014, eleição que é considerada prioritária pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Datafolha mostrou ontem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) seria reeleito em primeiro turno em três dos quatro cenários pesquisados. O petista com melhor desempenho contra o tucano seria o próprio Lula, que tem 26% das intenções de voto contra 42% do governador.
PF investigará registro de índios na Funai
Após indiciar um líder indígena por suspeita de falsificação do Registro Administrativo de Nascimento de Índio (Rani), a Polícia Federal no Amazonas fará uma devassa nesses documentos.
A PF tenta entender o boom na emissão de “RGs indígenas” no Amazonas: de uma média de 159 Ranis por ano de 2000 a 2007, o número passou a 1.143 por ano de 2008 a 2011 –salto de 619%.
A PF detectou que o aumento anormal na expedição dos documentos se deu a partir de 2007, ano da emissão do registro de Paulo Ribeiro da Silva, o Paulo Apurinã, indiciado sob a suspeita de falsificação de documento.
Reservas ocupam Planalto, governo e prefeitura de SP
Desde a manhã de ontem, um “time reserva” comanda o país, o seu maior Estado e a sua principal metrópole. Foi o presidente da Câmara, quem despachou no Planalto. Na ausência da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, que estavam na Europa, foi o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), quem despachou no gabinete da Presidência da República no Palácio do Planalto. Em São Paulo, Estado e capital, os vices de Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) assumiram a batuta da gestão, enquanto os titulares cumprem agenda em Paris.
Sala de estar
Índios assistem à TV após invadirem a sede da Funai em Brasília; os indígenas dizem que o ministro Gilberto Carvalho não os atendeu, mas o governo afirmou que os líderes se recusaram a participar de reunião. Um grupo de cerca de 150 indígenas invadiu ontem à tarde a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, depois que o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) se recusou a recebê-los.
O ato, pacífico, foi promovido por indígenas de quatro etnias (arara, xipaia, caiapó e mundurucu), prejudicadas pelas hidrelétricas de Belo Monte e do rio Tapajós, no Pará. Os índios exigem ter poder de veto a obras que sejam construídas em seus territórios. Eles prometeram passar a noite no local.
Com melhora dos EUA, dólar sobe e BC intervém duas vezes
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s melhorou a perspectiva da nota de crédito dos EUA, de negativa para estável. A mudança reforça a visão de que a recuperação da economia americana está se firmando e que os juros podem subir
Triste rotina
Policial em confronto, no centro do Rio, durante protesto contra a alta da tarifa de ônibus; 31 pessoas foram levadas para a delegacia
Taxa de suicídio entre jovens no Brasil aumenta 30% em 25 anos
A taxa de suicídio entre jovens no Brasil aumentou ao menos 30% nos últimos 25 anos. O crescimento é maior do que o da média da população, segundo o psiquiatra José Manoel Bertolote, autor de livro sobre o tema
Deficitário, estádio do Pacaembu irá para o setor privado
O estádio do Pacaembu será repassado ao setor privado por até 30 anos. A prefeitura abrirá licitação para a reforma e a gestão do local, hoje deficitário, e estima que a empresa vencedora gastará R$ 350 milhões para modernizá-lo
O GLOBO
Fim da privacidade: EUA caçam americano que revelou espionagem
As agências de investigação e inteligência dos Estados Unidos deflagraram ontem uma caçada ao ex-técnico da CIA Edward Snowden, de 29 anos, que, como funcionário terceirizado de uma das principais firmas prestadoras de serviços ao Pentágono, é o responsável confesso pela exposição de dois programas ultrassecretos de monitoramento e coleta em massa de dados telefônicos e eletrônicos pelo governo americano. Enquanto o presidente Barack Obama e sua equipe optavam pelo silêncio, segundo informações extraoficiais, o FBI (a polícia federal) fazia operações de busca na casa e no computador de Snowden, no Havaí, e entrevistas com sua namorada, mãe, pai e madrasta em três estados. A CIA, agência central de inteligência, tentava determinar a localização do ex-funcionário, cujo último paradeiro conhecido é Hong Kong. A atuação do informante já divide os americanos, entre os que o elogiam e os que defendem sua punição.
Snowden deixou os EUA no dia 20 de maio e estava hospedado no Mira Hotel, na região central de Hong Kong, até a manhã de ontem, e não se tem conhecimento do seu destino desde então. Foi de um quarto desse hotel que ele concedeu uma entrevista exclusiva ao diário britânico “Guardian” admitindo ser a fonte da denúncia. Para levá-lo à Justiça – uma investigação criminal já foi aberta domingo -, o governo americano precisa trazê-lo de volta ao país. E, por isso, começou a pressão de alas políticas por extraditá-lo.
O ex-técnico tanto pode pedir asilo a Hong Kong – com o qual os EUA mantêm um tratado de extradição, o que seria arriscado para ele – como a outro país. A Islândia foi mencionada por Snowden como opção. Mas a chefe de imigração do país, Kristin Volundarsdottir, informou que o pedido de asilo político teria de ser feito pessoalmente na Islândia. Uma parlamentar divulgou intenção de ajudá-lo, mas acadêmicos do país consideram remota a chance de a Islândia entrar em confronto com os EUA neste caso.
– Se Snowden realmente é a fonte, o governo deve processá-lo com toda a força da lei e começar o procedimento de extradição o quanto antes. Os EUA devem deixar claro que nenhum país deve dar asilo a este indivíduo. Este é um assunto de consequências extraordinárias para a Inteligência americana – afirmou o republicano Peter King, que preside o subcomitê de Segurança Interna da Câmara e considera Snowden um “desertor”.
Petistas minimizam queda de Dilma e negam sua troca por Lula em 2014
Mesmo com a popularidade da presidente Dilma Rousseff em queda, segundo a pesquisa Datafolha publicada no fim de semana, líderes petistas afastaram a hipótese de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar o cargo. Já setores do PMDB avaliam que essa nova realidade obrigará Dilma e seus articuladores a valorizar o partido, e não ficar ouvindo só a cúpula da sigla. Segundo a pesquisa, a popularidade de Dilma caiu de 65% para 57%, entre março e junho.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), provável adversário de Dilma em 2014, disse ontem que a queda na aprovação da presidente pode ser uma “oscilação natural”. E condenou as avaliações de que uma piora na aprovação de Dilma indique mais espaço para uma candidatura para concorrer com ela:
– Acho lamentável que as pessoas, para viabilizar uma candidatura, tenham que torcer para dar errado. Temos que torcer para dar certo – disse Campos.
Também pré-candidata à Presidência, a ex-senadora Marina Silva afirmou ontem que a pesquisa traz “alguns sinalizadores”. Ela alertou para a antecipação do processo eleitoral.
PSD de Santa Catarina anuncia apoio a Campos
Seguindo os passos do PSD de Minas Gerais, que rachou para apoiar o tucano Aécio Neves (MG) contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o diretório do partido em Santa Catarina anuncia apoio à pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente em 2014. Há problemas em outros estados que rejeitam o alinhamento com o PT, mas em Santa Catarina o PSD praticamente deixará de existir, porque a família Bornhausen, que comanda a legenda no estado, decidiu apoiar o socialista e deve migrar para o PSB. A queda de popularidade de Dilma tem dado discurso a quem deseja deixar o barco governista.
Como o governador Raimundo Colombo, Jorge Bornhausen e o deputado federal Paulo Bornhausen são egressos do DEM, mas agora vão se separar.
Quatro partidos na fila de espera
Apesar de o país já ter 30 partidos políticos registrados e reconhecidos oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o apetite dos políticos é grande e quatro novas legendas devem ser criadas ainda este ano, para poder concorrer já nas eleições de 2014. Além da Rede Sustentabilidade, que ganhou expressão nacional por estar sendo fundada pela ex-senadora e presidenciável Marina Silva, pelo menos outras três legendas estão em fase de criação. Fundar um partido no Brasil é um processo um pouco demorado, mas não é difícil. E, após obtido o registro, todo esforço pode ser recompensado.(…)
Dois dos prováveis quatro novos partidos já estão mais adiantados que o de Marina, formada por ela e seu grupo mais fiel e ideológico. No dia 24 de maio, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) protocolou no TSE seu pedido de registro. A legenda havia sido fundada em janeiro de 2010, mas só agora solicitou o registro. No dia 5 de março, o Partido Liberal Brasileiro (PLB) também solicitara o registro de seu estatuto, mas, como faltam documentos, o processo está parado.(…)
Além dela, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, também quer o seu partido. Presidente da Força Sindical, segunda maior central sindical do país, ele colhe assinaturas para criar o Partido da Solidariedade – alusão tupiniquim ao movimento Solidariedade, do polonês Lech Walesa, que se tornou presidente da Polônia entre 1990 e 1995.
Quatro tribunais e a conta: Novos TRFs custam R$ 922 mi ao ano
A criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) vai custar aos cofres públicos pelo menos R$ 922 milhões por ano, de acordo com estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O valor não leva em conta a construção de novas sedes, o que vai elevar ainda mais os gastos de implantação dos novos tribunais. Os defensores da criação desses órgãos afirmam que o custo anual será de R$ 700 milhões.
Para o Ipea, a Emenda Constitucional 73, que criou os quatro TRFs e foi promulgada na semana passada pelo Congresso, não vai proporcionar expansão no acesso à Justiça Federal. Também seria cara e ineficiente porque não vai eliminar as diferenças de produtividade existentes entre as estruturas da segunda instância da Justiça Federal.
Álcool, o combustível dos acidentes
Nos fins de semana, chega a 30% o percentual de acidentados que apresentam sinais de embriaguez
Dando um tempo: Nas lojas, nota fiscal fora do padrão
A nova lei que determina que o valor dos impostos seja informado na nota fiscal entrou em vigor ontem, mas ainda é raro encontrar no comércio quem esteja cumprindo a regra. A Casa Civil da Presidência disse que encaminhará ao Congresso, esta semana, proposta para ampliar em um ano o prazo para aplicar punição a quem descumprir a lei.
Enquanto isso, na economia…: S&P melhora viés para os EUA
Não valeu a máxima de que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil. A S&P elevou de negativa para estável a perspectiva para os EUA. Resultado: o dólar foi a R$ 2,16, e o BC vendeu US$ 2,1 bilhões para segurar a alta.
BRT: um ano cheio de problemas
O BRT Transoeste, corredor de ônibus articulados que liga Santa Cruz e Campo Grande à Barra da Tijuca, ainda tem 15 estações inacabadas, apesar de inaugurado há um ano. O sistema também apresenta superlotação, atraso nas linhas alimentadoras, falhas de sinalização e acidentes.
Copa das Confederações: Balotelli declara amor ao Brasil
Principal jogador da Itália, primeira grande seleção a chegar ao Rio para a Copa das Confederações, o polêmico atacante Balotelli disse, no Twitter, que ama o Brasil. O time faz hoje um amistoso contra o Haiti.
Em duas horas: Ator é alvo de ladrões duas vezes
Em menos de duas horas, o comediante Castrinho sofreu duas tentativas de assalto, no Recreio. Em uma delas, o carro do ator foi baleado. Nos três primeiros meses do ano, o número de roubos de veículos na região subiu 53,4%.
Revista Amanhã: Guardiões da Mata Atlântica
Uma reserva particular na Pedra da Mina, na Serra da Mantiqueira, protegerá nascentes importantes para o Rio e uma área estratégica para a Mata Atlântica.
Ciência: China volta ao espaço
Enquanto os EUA sequer possuem um veículo espacial, a China lança sua quinta missão tripulada. Desta vez, três astronautas ficarão no espaço por 15 dias.
CORREIO BRAZILIENSE
Alimentos voltam a subir. Dólar dispara e atropela BC
Banco Central intervém, gasta US$ 2,1 bilhões, mas não consegue deter alta da moeda americana, que fechou a R$ 2,148, a maior cotação em quatro anos. Pesquisa aponta elevação de preços, apesar de o governo afirmar que a inflação está sob controle.
Brasília: Mais ingressos, comércio em alta, hotéis cheios… É a Copa!
A cinco dias de Brasil x Japão, a cidade vive clima de euforia. A primeira boa notícia: 3,7 mil bilhetes estão à disposição para o jogo. Nas lojas, a expectativa é de aumento de 10% nas vendas. E no setor hoteleiro, o torneio das Confederações já é realidade: muitos hóspedes e poucas vagas. O Correio preparou um guia para o torcedor que sonha ver os astros da Seleção Brasileira.
Fora do ar: Panes atrasam a emissão de passaportes
Problemas no sistema da PF têm prejudicado os pedidos e a entrega do documento em todo o país. Ontem, no primeiro dia da restituição do Imposto de Renda, o site da Receita Federal também apresentou instabilidade.
Repressão: Pai de diretor da Abin deve depor no Rio
Ex-chefe do DOI-Codi no Rio, o general da reserva José Antônio Nogueira Belham será convocado pela Comissão Estadual da Verdade do Rio para falar sobre o desaparecimento do deputado Rubens Paiva.
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