O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou hoje (3) pela manhã o Plano de Defesa Nacional os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado e aos líderes partidários das duas casas. Jobim mostrou apenas linhas gerais dos projetos que devem chegar ao Legislativo em 2009. Nenhum deles têm previsão do valor de investimentos na área. A reunião ocorreu na residência oficial da Câmara e durou aproximadamente três horas.
Segundo o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), foram apresentadas pelo menos 10 estratégias conceituais do que o governo pretende fazer nos próximos anos. Entre elas, estão a qualificação de recursos humanos das Forças Armadas, aumentar a presença militar e civil na Amazônia, aumentar o limite náutico brasileiro – de 200 para 350 milhas terrestres -, desenvolver a indústria bélica brasileira.
"A intenção do ministro era conversar com os líderes e iniciar o debate. Para ampliá-lo, propus a realização de um seminário sobre o tema com a presença da Câmara e do Senado", afirmou Chinaglia. O ministro também enfatizou que é preciso garantir recursos financeiros de forma continuada para a Defesa, citou que o governo pretende substituir toda a frota da Aeronáutica entre 2015 e 2025 e defendeu mudanças na Lei das Licitações (8.666/93).
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Participaram da reunião, além de Jobim e Chinaglia, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), líderes das duas Casas, e os comandantes do Exército e da Aeronáutica. "Pela primeira vez o Brasil vai ter uma política mais abrangente de Defesa. As forças precisam se reequipar", afirmou Garibaldi. De acordo com o peemedebista, a estratégia do ministro "ganhou a simpatia" dos parlamentares. "Foi uma boa reunião", completou. (Mário Coelho)
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