Mensalão: entenda o que está em julgamento
Quem são os réus, as acusações e suas defesas
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Ontem (19), Joaquim, ao analisar depoimentos dados em juízo, disse que o ex-ministro da Casa Civil comandava o núcleo político. Hoje, começou a distinguir a posição de cada um dos demais réus dentro da acusação de quadrilha. Para ele, Genoino, além de ter conhecimento dos empréstimos que o STF julgou como fraudulentos, assinou documentos como avalista. “Havia uma divisão de tarefas no grupo. Aliás, é bastante comum em organizações criminosas”, afirmou.
De acordo com o relator, Genoino tinha como missão fazer a interlocução política do grupo com os partidos da base aliada. Ele tinha que discutir com os presidentes das siglas as posições a tomar no Congresso e os principais projetos de interesse do governo. Todas as orientações eram passadas a Genoino por Dirceu. Joaquim afirmou que, mesmo afastado formalmente das decisões partidárias, era de Dirceu a palavra final sobre elas.
Já o ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares, para o relator, era o principal elo entre o núcleo político e o publicitário. “Delúbio era o principal braço operacional do núcleo político”, afirmou Joaquim. Ele tinha como função negociar os valores dos repasses com o grupo formado por Marcos Valério e seus sócios nas agências SMP&B e DNA Propaganda, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.
Em determinados momentos de seu voto, Joaquim lembrou das decisões da corte nos outros itens. Disse que os empréstimos feitos no Banco Rural foram fraudulentos, como ficou decidido na análise do capítulo 4. E que parte do dinheiro que abasteceu o “valerioduto” veio de crimes contra a administração pública (peculato) e contra o sistema financeiro.
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