Preso há cinco meses, o casal estará nesta quinta-feira (21), pela primeira vez, frente a frente com o juiz Sérgio Moro. Responsável pela Lava Jato na Justiça Federal, Moro vai ouvir João Santana e Mônica Moura na ação penal em que respondem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O marqueteiro, que coordenou as campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma, em 2010 e 2014, é acusado de ter recebido, juntamente com sua esposa, US$ 4,5 milhões no exterior do lobista e representante do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, também réu no processo. Os procuradores sustentam que o valor é parte da propina reservada ao PT, para financiar a campanha à reeleição de Dilma, em troca da contratação do estaleiro pela Petrobras.
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Na tentativa frustrada de fechar a colaboração com o Ministério Público Federal em abril, lembra O Globo, Mônica admitiu ter arrecadado R$ 10 milhões para a campanha de Dilma, pagos a ela e a João Santana fora da contabilidade oficial, ou seja, por meio de caixa dois. Os pagamentos, de acordo com ela, foram intermediados pelos ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega e pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Os três negam envolvimento com o caso.
A empresária também citou o grupo J&F, controlador das marcas Friboi e JBS, e o empresário Eike Batista como responsáveis por pagamentos em conta no exterior de campanhas políticas realizadas pelo casal. O grupo e o empresário também negam ter realizado os pagamentos. Mônica ainda apontou o nome de outros políticos que, segundo ela, também pagaram por meio de caixa dois no exterior.
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