O ex-presidente da Câmara deputado João Paulo Cunha (PT-SP) divulgou, nesta tarde, uma nota oficial na qual acusa o relator do seu processo no Conselho de Ética, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), de ter feito um relatório "parcial e partidarizado".
Segundo João Paulo, "as versões dos fatos reunidas pelo relator na sua proposição não apresentam qualquer novidade. O que há de novo é a sua criatividade e a capacidade de colar peças segundo sua conveniência e interesse".
João Paulo tentou se pronunciar durante a reunião do Conselho na qual foi apresentado o voto de Schirmer, mas foi impedido pelo regimento interno do colegiado. Por isso, ele utilizou a nota oficial para afirmar que "tudo tem resposta".
"As três partes essenciais do relatório, objeto efetivo da apuração, foram apresentadas com parcialidade e, em alguns momentos, partidarizadas. O saque no Banco Rural, a sua justificativa e o contrato entre a Câmara dos Deputados e a empresa SMP&B não contém nem contradições, nem irregularidades, muito menos mentiras ou ilicitudes", afirmou o ex-presidente.
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Cezar Schirmer recomendou a cassação do mandato de João Paulo pelo uso do cargo que ocupava e de sua posição no PT em proveito próprio.
Na leitura do parecer, Schirmer citou oito fatos que basearam seu pedido de cassação. Entre eles, o recebimento, por João Paulo, de R$ 50 mil da conta da agência SMP&B, do empresário Marcos Valério de Souza, no Banco Rural de Brasília. O relator ressaltou, ainda, o fato do saque ter ocorrido um dia depois de um café da manhã de João Paulo com Valério e próximo à data em que a SMP&B venceu uma licitação para executar serviços na Câmara por R$ 9 milhões.
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