Inicialmente, a expectativa é que Jefferson fosse preso na manhã deste sábado (22). Ele aguardava em sua residência, na cidade de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, a chegada do mandado pela condenação a sete anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mensalão. A pena deve ser cumprida em uma penitenciária fluminense. A PF informou que os agentes continuarão em frente à casa do petebista aguardando a chegada do mandado de prisão.
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No início da madrugada, Jefferson apareceu na sacada da sua casa e conversou com os policiais e os jornalistas que o aguardavam na entrada. Perguntou se o mandado de prisão já havia chegado e até ofereceu sua impressora para que o documento fosse impresso. Ele passou a noite na companhia da mulher, Ana Lúcia, e de três filhos.
A prisão do delator do mensalão foi decretada ontem (21) pelo relator do mensalão. Joaquim rejeitou o pedido de regime domiciliar para o petebista, que se recupera de um câncer no estômago. Sua defesa argumenta que Jefferson deveria ficar cumprir a pena em casa por conta dos cuidados recomendados por seus médicos. Na visão deles, não seria possível seguir a dieta necessária dentro de uma penitenciária.
Porém, uma perícia realizada por médicos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) afastou a possibilidade de um tratamento diferente a Jefferson. Com base no parecer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, posicionou-se contra o pedido da defesa. Após as manifestações, Joaquim rejeitou a prisão domiciliar e assinou o mandado para a Polícia Federal prender o ex-deputado e ex-presidente nacional do PTB. Dos condenados no mensalão, ele foi o último a ir para a cadeia.
Jefferson foi o responsável por revelar o esquema em 2005. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o então deputado e presidente do PTB afirmou ter recebido R$ 4 milhões do PT para pagar dívidas de campanha. Em troca, a bancada do partido deveria acompanhar o governo nas votações na Câmara. De acordo com ele, integrantes da base governista recebiam valores mensais – o mensalão – para votar de acordo com a orientação do Palácio do Planalto.
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