A apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, não significa condenação. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda precisa determinar a abertura de ação penal. Somente ao final da ação é que o STF se pronunciará sobre uma eventual condenação ou absolvição do parlamentar fluminense.
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Pesam contra o presidente da Câmara acusações tanto do doleiro Alberto Youssef, quanto do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo. Youssef afirmou, em delação premiada ao STF, que Cunha foi o destinatário final de propina paga pelo aluguel de navios-sonda da Petrobras.
Pelas revelações de Youssef, esse pagamento ocorreu após Júlio Camargo interromper pagamentos sistemáticos da Toyo Setal ao PMDB. Já Júlio Camargo também declarou em delação premiada que Cunha pediu U$$ 5 milhões como propina para a obtenção de contratos com a Petrobras.
Além disso, os investigadores apuram uma possível participação de Cunha na apresentação de requerimentos da Câmara contra as empresas Samsung e Mitsui, representadas no Brasil por Camargo. As solicitações de processo de investigação contra as empresas foram assinados em 2011 pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), aliada de Cunha. A pressão parlamentar foi alvo de reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.
Em maio deste ano, a Polícia Federal (PF) fez uma busca na Câmara para a obtenção de registros do sistema de informática da Casa. A intenção de Janot era justamente evitar a destruição de provas contra o presidente da Câmara. Pessoas ligadas às investigações apontam que esses documentos são tidos como vitais para o entendimento da participação de Cunha no esquema.
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