A credibilidade das urnas eletrônicas está sendo questionada pelo ex-deputado João Lyra (PTB-AL), candidato derrotado na disputa pelo governo de seu estado. Após perder até nos redutos eleitorais que antes comandava, Lyra encomendou um laudo ao Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) que indicou problemas no sistema de votação.
De acordo com a auditoria, foram encontrados arquivos corrompidos em várias urnas, o que poderia ter possibilitado para que ocorressem fraudes.
Nas pesquisas de intenção de voto, João Lyra era tido como favorito para vencer a eleição em Alagoas, mas Teotonio Vilela Filho (PSDB) foi quem conquistou a vaga. Recebeu 55,85% dos votos válidos logo no primeiro turno, encerando ali mesmo a votação.
João Lyra está questionando a eleição em Alagoas na Justiça. A conclusão do ITA é de que o resultado da votação e da apuração devem ser colocados sob suspeita. Entre os problemas encontrados pelos auditores estão a totalização de votos oriundos de urnas que não existiam e a existência de urnas sem nenhum voto.
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Para fazer o tira-teima, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avisou que chamará a Universidade de Campinas (Unicamp) para elaborar um estudo com o objetivo de comprovar a segurança do sistema do sistema de votação eletrônico.
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TRE pede cassação de diploma de Henry
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso pediu a cassação do diploma do deputado reeleito Pedro Henry (PP-MT). O recurso foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Henry foi o único parlamentar acusado de envolvimento nos dois principais esquemas de corrupção que assolaram o Congresso: a máfia das ambulâncias e o mensalão.
Apesar de ter sido absolvido na Câmara, o inquérito contra ele sobre o mensalão continua tramitando no STF. Além disso, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia de abuso de poder econômico contra o deputado.
PF acusa Roberto Jefferson de fraudar licitações
O deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), seu genro, Marcus Vinícius Vasconcelos, e os ex-funcionários dos Correios Maurício Marinho (ex-chefe de departamento), Antonio Osório (ex-diretor) e Fernando Godoy (ex-assessor de Antonio Osório) estão sendo acusados pela Polícia Federal por formação de quadrilha em um esquema de fraude de licitações dentro da estatal.
A PF pretende pedir o indiciamento dos cinco com base em uma fita de vídeo, divulgada em maio de 2005, na qual Marinho descreve como funcionava o esquema, recebe R$ 3 mil de propina e afirma que as negociações eram patrocinadas pelo PTB.
Em resposta ao jornal Folha de S. Paulo, Roberto Jefferson disse, por meio de sua assessoria, que a decisão de indiciá-lo "prova que a PF está se transformando no braço político do PT".
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