Último foragido entre as 25 pessoas com mandados de prisão dentro da Operação Lava Jato, Adarico Negromonte Filho se entregou na manhã desta segunda-feira (24) na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele é acusado de servir como “mula” da organização criminosa comandada pelo doleiro Alberto Youssef. Irmão do ex-ministro das Cidades e ex-deputado federal Mário Negromonte, Adarico chegou à PF em um táxi acompanhado de duas advogadas.
Na sexta-feira (21), sua defesa apresentou um pedido de revogação da prisão temporária. Apesar de reconhecer que sabia do mandado para sua detenção, Adarico informou não ter sido procurado no seu endereço correto pela PF. Sua defesa afirmou desconhecer qual a acusação contra o irmão do ex-ministro.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, Adarico era usado por Youssef, junto com outras duas pessoas, para fazer o transporte dos valores usados para pagamentos de propina a políticos e partidos. A denúncia da Lava Jato aponta para um “eficiente sistema de delivery de caixa 2”. Junto com o irmão do ex-ministro estão presas outras 13 pessoas.
A prisão temporária de Adarico foi decretada em 14 de novembro na sétima fase da Operação Lava Jato. Conhecida como Juízo Final, mirou nove empreiteiras com contratos com a Petrobras. São elas: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.
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