O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, afirmou hoje que o inquérito do mensalão estará pronto antes das eleições do ano que vem. Ele ponderou que não pode impedir os efeitos que o inquérito e a eventual abertura de ação penal contra os investigados venham a produzir no processo eleitoral. Muitos parlamentares envolvidos no escândalo do mensalão, principalmente aqueles que renunciaram ao mandato, vão fazer campanha para voltarem ao Congresso em 2007.
“Não dá para excluir a possibilidade de que o encaminhamento (do inquérito) tenha efeito no processo eleitoral. Mas eu não posso partir do pressuposto de que é um ano eleitoral e que o Ministério Público vai ficar de braços cruzados”, afirmou Antonio Fernando.
Ele espera oferecer denúncia dos acusados em bloco. Mas ressalvou que só apresentará a denúncia se, no fim das investigações, houver algum suspeito com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). “O conjunto dos fatos é grande e, se fosse fazer uma denúncia contra uma pessoa ou outra, eu perderia essa noção de conjunto. Tomo cuidado para que não se transforme num inquérito-monstro”, acrescentou.
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