Em carta-resposta datada de 19 de julho e endereçada ao senador Pedro Simon (PMDB-RS), que a recebeu ontem (23) das mãos do embaixador brasileiro na França, José Bustani, a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt aceitou o convite para ser homenageada no Senado.
A homenagem foi proposta pela Casa logo após a libertação de Ingrid, em 2 de julho, dos cativeiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), num cinematográfico resgate orquestrado pelo exército colombiano, que não disparou um tiro sequer. Ela estava em poder das Farc desde 2002, quando fazia campanha presidencial na Colômbia e foi seqüestrada pela narcoguerrilha no interior do país. A ex-senadora, que também tem cidadania francesa, surgia como forte candidata à Presidência daquele país.
Ingrid redigiu de próprio punho a correspondência, na qual diz que recebeu com “uma honra imensa” o convite, que a sensibilizou “sobremaneira” e ao qual aceita “com respeito a distinção acordada”. As informações são da Agência Senado, repassadas por Pedro Simon, que está em Paris.
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O peemedebista classifica a vinda de Ingrid como "um exemplo para a América Latina", uma vez que intensifica as pressões internacionais acerca da libertação de outros reféns ainda sob cativeiro das Farc. De acordo com Simon, que sublinhou o “carinho” pelo Brasil manifestado por Ingrid na correspondência, o exemplo dela será importante para reforçar os ideais de paz, respeito aos direitos individuais e união entre nações.
Na carta, Ingrid agradece de forma especial ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), autor do requerimento de homenagem – subscrito por outros senadores e aprovado por unanimidade em plenário no dia da libertação da ex-senadora franco-colombiana. (Fábio Góis)
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