Principal alvo da CPI do Apagão Aéreo, a Infraero decidiu ontem afastar quatro funcionários por suspeita de envolvimento em irregularidades.
A pedido da Controladoria Geral da União (CGU), o conselho de administração da empresa afastou o diretor comercial da estatal, José Wellington Moura, e o superintendente de Planejamento e Gestão, Fernando Brendaglia, além dos advogados Napoleão Guimarães Neto e Márcia Gonçalves Chaves, da assessoria jurídica. Os três últimos foram indicados na gestão do deputado Carlos Wilson (PT-PE), ex-presidente da Infraero.
Os quatro foram afastados porque a CGU, em parceria com auditoria interna da empresa, concluiu que eles permitiram a prorrogação de uma concessão de um posto de combustível nas dependências do aeroporto de Brasília sem que houvesse licitação.
O contrato foi rescindido em agosto de 2001 porque o operador do posto, Ulisses Canhedo, teria descumprido obrigações contratuais. Depois de ter obtido judicialmente a reintegração de posse da área, a Infraero entrou em acordo com a Shell e Canhedo em agosto de 2005.
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O acerto, retroagindo a vigência do contrato a setembro de 2003 e estendendo-a até setembro de 2013, foi estabelecido em termo aditivo ao contrato, segundo O Estado de S. Paulo. A própria auditoria interna da Infraero concluiu que o contrato havia sido prorrogado irregularmente, afrontando a Lei de Licitações.
Em sua próxima reunião, o conselho de administração da empresa, que é presidido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, analisará uma licitação suspeita para a compra de 79 ônibus no valor de quase R$ 50 milhões. (Edson Sardinha)
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