O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (12) que o índice oficial de inflação registrou no ano passado o menor resultado em oito anos. Em 2006, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 3,14%, abaixo do resultado de 2005 (5,69%) e o menor índice desde 1998 (1,65%).
A divulgação dos novos números mostra que o governo federal está conseguindo cumprir com folga a meta de inflação, que era de 4,5%, e o cenário previsto para este ano é de mais um período de preços comportados, marcando a entrada do país em um novo ciclo de inflação baixa.
"A redução na taxa foi determinada pela boa oferta de produtos agrícolas, a influência do câmbio e menores aumentos na energia elétrica e combustíveis", apontou o IBGE.
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Desde que o sistema de metas de inflação foi introduzido no país, em 1999, o governo conseguiu cumprir cinco vezes a meta anual, mas essa foi a primeira vez que o resultado final do IPCA ficou bem abaixo do centro da meta.
"O ano de 2006 marcou o fim da cultura inflacionária. O relevante, economicamente, é que essa taxa é a menor desde 2002, quando atingiu o pico de 12,53 por cento, por conta da eleição que puxou o dólar. Desde então, houve uma ação da política monetária, e em 2006 vimos se concretizar de fato uma desindexação da economia", afirmou Eulina Nunes dos Santos, economista do IBGE.
A inflação só não foi menor devido à pressão de itens como planos de saúde (12,30%), colégios (6,79%), tarifas dos ônibus urbanos (8,11%) e salários dos empregados domésticos (10,73%), acompanhando o reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 300,00 para R$ 350,00 (16,67%).
Por sua vez, o câmbio contribuiu para a estabilidade dos preços de produtos de higiene pessoal e a queda de 12,07% nos custos de produtos como aparelhos de TV, som e informática.
BH tem o maior índice
Segundo o IBGE, a região que atingiu o maior índice em 2006 foi Belo Horizonte (4,96%). Curitiba teve a menor (2,5%), e São Paulo ficou em 2,63%.
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