O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, deixou a sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento, indiciado pelo crime de violação de sigilo bancário. Ele confirmou, por duas vezes, que repassou ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o extrato bancário do caseiro Francenildo Santos.
A quebra ilegal dos dados bancários configura violação da lei de sigilo bancário (105/01). A pena, nesse caso, é de um a quatro anos de reclusão para o autor da violação. Mattoso está, neste momento, no Palácio do Planalto, onde deve oficializar o seu pedido de demissão.
"Foi um depoimento corajoso, mas de alguém que estava arrasado", disse o delegado Rodrigo Carneiro, que apura o caso.
Dois funcionários da Caixa admitiram, em depoimento à Polícia Federal, ter acessado os dados da conta bancária do caseiro. De acordo com a PF, o gerente Jeter Ribeiro tirou o extrato e o entregou para Sueli Aparecida Mascarenhas, superintendente da Caixa em Brasília. Sueli repassou o documento a Schumann, que, por sua vez, o fez chegar até Mattoso, antes de parar nas mãos de Antonio Palocci.
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