“O governo acabou politicamente, como os deputados vão tratar de temas importantes de um Executivo desautorizado pela Câmara”, questionou o peemedebista. No Senado, a expectativa é que o processo de impeachment pode demorar até setembro ou outubro por causa dos prazos regimentais do processo.
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Hoje (terça, 19), por exemplo, nenhuma matéria foi votada em plenário – logo em uma terça-feira, dia típico de votações que não raro avançam pela madrugada. Os líderes de oposição só aceitam discutir os critérios para a ocupação das presidências das comissões temáticas permanentes. Depois deste tema, nada mais será votado, apesar da previsão de abertura de sessões até sexta-feira (22).
“Só temos um meio governo e a perspectivas de impedimento da presidente pelo Senado, não há clima para qualquer debate ou decisão sobre qualquer tema”, disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Depois das escolhas de presidentes das comissões permanentes, a Câmara terá na pauta medidas provisórias que impedem a votação de qualquer outro assunto antes delas. A partir daí, o governo terá suas ações travadas pelos deputados. Líderes de partidos até há um mês aliados do governo – como o PP, o PSD, o PR e o PRB – também não estão dispostos a votar qualquer tema antes da definição final dos senadores sobre o impedimento ou não da presidente Dilma.
Os deputados do PT consideram uma “irresponsabilidade” o fato de o presidente da Câmara não querer pautar a votação de projetos que estão na fila. “O presidente da Câmara é um irresponsável e não pensa no Brasil”, disse o vice líder do governo, Paulo Teixeira (PT-SP). A definição da pauta de votação nas sessões é feita pelo colégio de líderes, em reunião coordenada por Cunha.
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