A reunião de líderes encerrada há pouco no Senado já deu o tom do que será a eleição para a presidência da Casa. O impasse: de um lado, aliados do candidato petista Tião Viana (AC) queriam uma discussão prévia, antes do início da votação; de outro, correligionários de José Sarney (PMDB-AP), que, diante da suposta condição de favoritos (o partido chegou a cogitar 48 votos), querem começar imediatamente a disputa.
“Eles não devem ter nem 25 [votos]”, disse ao Congresso em Foco o senador Gim Argelo (PTB-DF), diante da informação de que o grupo de Tião acredita contar com 43 votos.
Se por um lado peemedebistas bradavam contra a tentativa de prolongar os debates – inclusive com manifestações de nervosismo -, alguns governistas e demais aliados de Tião explicavam a necessidade da reunião preparatória. O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), disse que a responsabilidade da eleição é "imensa", e que é preciso "aprofundar o debate". O mesmo dizia o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM),que anunciou o apoio a Tião na última quinta-feira (leia).
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Em seu último dia como presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), acaba de abrir a primeira reunião preparatória antes do início dos trabalhos. Segundo líderes ouvidos pela reportagem adiantaram que os procedimentos regimentais (abertura de sessão, discursos, questões de ordem) devem demorar algum tempo, e que o rito de votação vai ser definido em plenário. (Fábio Góis e Daniela Lima)
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