Mário Coelho
O atraso na instalação da CPI da Petrobras e a permanência do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a relatoria da CPI das ONGs causaram o adiamento da sessão da manhã desta terça-feira (9) do Congresso Nacional. A oposição decidiu obstruir e derrubou a a sessão desta manhã, que analisaria vetos presidenciais. Além disso, os opositores esperavam a chegada de um projeto que ressarcisse os prejuízos de R$ 1,9 bilhão dos estados com a Lei Kandir.
A reunião do Congresso seria para analisar votar projetos que abrem créditos especiais para vários órgãos do governo. Entre eles estão o que destina R$ 6 bilhões para investimentos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o que reserva R$ 305 milhões para o Comando da Aeronáutica desenvolver um avião cargueiro de grande porte e outro que prevê R$ 149 milhões para a Secretaria Especial de Portos. “Os estados fizeram o acordo e agora querem que o governo cumpra seu papel”, disse o líder da minoria no Congresso, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).
Ele lembrou que os impasses com as CPIs do Senado foram o motivo para o início da obstrução. A oposição quer a instalação da CPI da Petrobras e a manutenção do senador Arthur Virgílio como relator da comissão das ONGs. Ele substituiu o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), indicado como membro do colegiado que vai investigar denúncias na Petrobras. “A posição de Virgílio está consolidada. Queremos que elas funcionem de fato”, afirmou o tucano.
A oposição pediu também um calendário para votação de vetos presidenciais em sessões do Congresso. Otávio Leite disse que com essas questões resolvidas não haverá problema na análise dos projetos de crédito que estavam em pauta. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso, frisou que havia acordo para votação, e se disse surpresa com a obstrução. Os líderes vão tentar marcar uma sessão na próxima terça-feira, mas a data ainda não está confirmada.
A sessão acabou após o pedido de verificação de quorum feito pelo vice-líder do governo no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG). Como não havia número suficiente de deputados e senadores, a sessão foi transferida para a próxima terça-feira.
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