O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2006, divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil melhorou entre 2003 e 2004. No entanto, o país recuou uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano, caiu de 68º para 69º numa lista de 177 países e territórios.
Diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, desta vez foi a renda, aliada ao avanço na expectativa de vida, o principal fator a contribuir para a melhoria do índice brasileiro. A educação, que nos últimos anos contribuiu positivamente, desta vez ficou quase estagnada.
Na América Latina, 13 países tiveram desempenho superior ao do brasileiro, entre eles México, Cuba e Chile.
O estudo usa indicadores e metodologias que foram revisados e aperfeiçoados pelas fontes produtoras dos dados. Por esse motivo, o IDH deste ano não pode ser comparado ao dos relatórios anteriores. No entanto, a fim de possibilitar que sejam verificadas tendências no desenvolvimento humano, o RDH 2006 usou as novas séries estatísticas não só para calcular o IDH de 2004, mas também para recalcular o IDH de 2003 e de outros seis anos de referência: 1975, 1980, 1985, 1990, 1995 e 2000.
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Assim, o ranking do RDH 2005 foi refeito com base na nova metodologia e em dados mais recentes, o que pôs o Brasil em 68º lugar. Os relatórios sempre se referem ao IDH de dois anos antes.
Confira a íntegra do Relatório de Desenvolvimento Humano
Centrais sindicais querem reajuste de 20% para o mínimo
Representantes da CUT, Força Sindical e CGT, em São Paulo, reuniram-se ontem em São Paulo, e decidiram que vão negociar com o governo um reajuste de 20% do salário mínimo para o próximo ano: dos atuais R$ 350 para R$ 420, com antecipação do pagamento para março. Cerca de 25 milhões de brasileiros recebem um salário mínimo por mês, entre eles 16 milhões de aposentados.
O reajuste proposto hoje seria maior do que o concedido no ano passado, quando o mínimo subiu de R$ 300 para R$ 350, ou 16,6%, uma das maiores altas da história. No ano passado, as centrais sindicais pediram alta de 33%, de R$ 300 para R$ 400.
Horas depois, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sinalizou que novamente a proposta inicial das centrais não será aceita. "O que devemos discutir com as entidades é o que está em torno da proposta orçamentária e buscar interagir da forma que fizemos o ano passado e o ano retrasado", disse o ministro.
Marinho também afirmou que o mínimo de R$ 375 repõe a inflação e que nos últimos anos os aumentos já levaram a uma recuperação do valor do salário, mas que entende que os sindicatos busquem agregar um ganho real a essa recomposição.
As centrais sindicais também decidiram que defenderão no próximo ano uma correção de 7,77% para a tabela do Imposto de Renda. De acordo com as centrais, o percentual da correção equivale à defasagem da tabela do IR em relação à inflação durante o governo Lula. "Para negociar o mínimo vamos realizar reuniões nos Estados no dia 29 e, em 6 de dezembro, vamos nos reunir em Brasília", disse João Carlos Gonçalves, secretário da Força.
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