Pesquisa do Instituto Ibope divulgada nesta sexta-feira (8) revela que 74% da população brasileira quer a renúncia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. O levantamento revelou que a rejeição ao peemedebista é maior entre as camadas mais jovens da população e entre os que possuem maior nível de escolaridade.
O levantamento do Ibope ocorreu a pedido da Rede Avaaz. No site da rede foram criados dois abaixo assinados virtuais contra Renan. O primeiro, criado pela ONG Rio de Paz, conseguiu mais de 300 mil assinaturas pedindo para que o peemedebista não fosse eleito. Com o nome do senador alagoano acabou confirmado para presidir a Casa, uma outra petição foi criada para pressionar pela saída dele do cargo.Leia também
No levantamento do Ibope, foram realizadas mil entrevistas por telefone, entre os dias 2 e 3 de março, constatando também que 63% da população não apoia o uso do sistema de voto secreto para a eleição do presidente do Senado. Como boa parte dos senadores não declararam seus votos, 56% dos entrevistados concordam que a votação é inválida, ante 38% que acreditam na validade do pleito.
Ainda de acordo com a pesquisa, o apoio a Renan Calheiros também seria capaz de mudar a intenção de voto de 68% dos eleitores, que afirmaram que provavelmente não votariam em um senador que apoiasse o atual presidente do Senado. No levantamento, a rejeição a Renan é maior entre jovens de 25 a 29 anos e com formação universitária.
Em 20 de fevereiro, um grupo formado por senadores da oposição e independentes pediu rapidez na análise do inquérito contra o presidente do Senado no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso dos bois de Alagoas. O anúncio foi feito após uma série de entidades entregar, de forma simbólica, as 1,6 milhão de assinaturas virtuais pedindo a saída do peemedebista do cargo.
Uma semana antes da escolha de Renan, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia contra o peemedebista no STF. Renan é acusado de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Não existe prazo para o inquérito entrar na pauta do Supremo.
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