O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (2) que o afastamento da direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), decidida por ele ontem, ocorreu para que as investigações sobre grampos ilegais ocorram com transparência.
“A decisão pelo afastamento foi tomada para mostrar que haverá transparência nas investigações. Se algum de vocês souber de alguma coisa é só falar, porque a fonte conversou foi com vocês jornalistas, não foi comigo”, afirmou Lula após participar de uma cerimônia simbólica da primeira extração do petróleo da camada pré-sal, no Espírito Santo.
Lula se referia à reportagem da revista Veja, publicada nesse final de semana, que revela um diálogo entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). De acordo com a revista, um funcionário da Abin, que pediu para não ser identificado, entregou à publicação o diálogo entre o ministro e o congressista.
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Tentativa de grampo
Em depoimento à CPI dos Grampos da Câmara, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança da Presidência da República, Jorge Félix, afirmou que o presidente Lula já foi alvo de tentativas de grampos.
"Eu diria que sim, mas foi absolutamente desmontado", respondeu Felix à pergunta feita pelo relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). Segundo o chefe de Segurança, a tentativa de interceptação telefônica clandestina foi feita durante uma viagem de Lula ao exterior. Félix não entrou em detalhes. (Rodolfo Torres)
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