Segundo nota do site Diário do Poder – que publicou a história em primeira mão – aprofundada por veículos como revista IstoÉ deste fim de semana, há cerca de 20 dias Temer começou a ser alvo da chantagem de indivíduos não identificados que, supostamente em poder dos dados pessoais de Marcela, cobraram-lhe dinheiro em troca da não divulgação do material em redes sociais. No começo, o cacique peemedebista pensou se tratar de um trote, diz a reportagem, mas o detalhamento, por parte dos infratores, de mensagens eletrônicas trocadas por Marcela com familiares e amigos do casal deu ao vice-presidente a certeza de que a violação fora mesmo cometida.
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Na iminência de se tornar presidente da República, caso se confirme o afastamento da presidente Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (11), Temer preferiu não acionar a Polícia Federal – entraria em um “terreno arenoso” em meio ao momento de crise política, registra a revista. O caso ganhou status de segredo de Estado entre integrantes da equipe do peemedebista, que já articula abertamente a composição e as linhas gerais do provável governo de transição.
Além dos e-mails de Marcela, os hackers fizeram cópias de fotografias e senhas bancárias, que não chegaram a ser utilizadas. A interlocutores, Temer diz que “nada demais” foi roubado dos registros virtuais de Marcela, mas que o crime não pode ficar impune. Ao final dos trabalhos de investigação, acrescenta a reportagem, Temer pretende divulgar amplamente a ocorrência.
“Não temos a certeza de que houve um crime político, mas não podemos descartar essa hipótese de forma alguma. O fato de ter sido feita uma chantagem de ordem financeira pode ter sido apenas uma forma de procurar desviar nossas apurações”, declarou, na última quinta-feira (5), um delegado paulista que se mantém em anonimato e se nega a dar mais detalhes sobre o caso.
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