A deputada Angela Guadagnin (PT-SP) se diz vítima de linchamento e massacre coordenados pela mídia. Ela disse perceber a intolerância pelo fato de ser gorda, petista e não tingir os cabelos. O desabafo de Angela ocorreu na tribuna da Câmara, hoje, quando discursou sobre sua “dança” em plenário, após a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), na madrugada da última quinta-feira.
Ela criticou o que chamou de “pensamento único”, segundo o qual todos os deputados que estão sendo investigados pelo Conselho de Ética devem ser cassados e, caso isso não aconteça, é porque está ocorrendo “pizza”. “A mídia quis me vilipendiar e me mostrar como a dançarina da pizza ou a sacerdotisa da imoralidade”, protestou Guadagnin. A deputada recebeu elogios de Magno.
Mesmo com o desabafo, Ângela não escapou de novas críticas. O deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) disse que “não há outra forma de a opinião pública entender, nem a mídia, que não foi a dança do escárnio”.
O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), e outros deputados do colegiado defenderam esta manhã o afastamento da deputada do conselho até que a Corregedoria da Câmara apure o caso. A deputada, entretanto, se recusou a se licenciar do colegiado.
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