Apesar da instalação do grupo acontecer hoje, os trabalhos só deverão começar, de fato, em agosto. Isso porque o semestre legislativo se encerra amanhã (17). A partir de quinta (18), Câmara e Senado devem entrar em recesso branco, caso não seja possível votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até quarta. Além disso, o peemedebista definiu que a coordenação do grupo ficará a cargo do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
“Estou instalando o grupo de trabalho, às 15h, para quando os trabalhos forem retomados em agosto, os parlamentares indo às suas bases, seus estados, já tragam também a percepção dos prefeitos, dos vereadores e das entidades, para que possam trazer para o amplo debate que faremos com a sociedade civil a respeito de uma ampla reforma política que queremos fazer e para que depois seja submetido a um referendo popular”, afirmou.
Indefinição
Até ontem a noite, o PT ainda não tinha decidido qual solução adotaria para o impasse gerado pela briga entre os deputados Henrique Fontana (PT-RS), relator das propostas apresentadas no ano passado, e Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho da reforma eleitoral. Ambos queriam coordenadar o grupo.
Henrique afirmou que conversou com o líder da legenda na Casa, José Guimarães (PT-CE), e o partido indicará o seu representante ainda hoje. “O PT vai se reunir para indicar um representante do partido, que vai trazer as ideias do partido, as ideias da bancada. E, pelo PT ser a maior bancada, eu achei que era por direito do partido ter o coordenador para comandar esse grupo de trabalho. Eu já convidei o deputado Vaccarezza”, explicou Henrique.
No entanto, o Congresso em Foco apurou que houve desconforto na bancada do PT com a indicação de Vaccarezza por Henrique Alves. Ficou entendido como uma intromissão na prerrogativa dos deputados. O peemedebista pode escolher quem comanda, mas não seus integrantes. Ontem, após reunião de mais de três horas do partido,José Guimarães (CE), negou o racha. “No PT é sempre assim, tudo é muito discutido”, afirmou.
Fim da reeleição
Segundo Henrique, o PMDB encaminhará duas sugestões para a reforma política. Uma delas é acabar com o financiamento direto para a campanha de um determinado candidato, sendo permitida somente a doação de recursos para o partido. A outra sugestão é para por fim à reeleição a partir de 2018. “Ontem, em conversas com peemedebistas, duas decisões foram encaminhadas.[…] Elas representam o que pensa o PMDB, majoritariamente”, disse.
O grupo de trabalho terá até 90 dias para apresentar uma proposta alternativa à que foi sugerida pela presidenta Dilma Rousseff no início do mês.
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