A produção industrial recuou 10,9% em maio, a maior queda registrada desde dezembro de 2008 (-11,2%) e a segunda maior desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Segundo o IBGE, o recuo é decorrente da greve dos caminhoneiros, que paralisou o abastecimento por via rodoviária em todo o país por 11 dias.
De acordo o instituto, a falta de insumos, a dificuldade de escoamento da produção e de acesso dos trabalhadores ao serviço foram fatores decisivos para o resultado negativo. Na prática, o patamar de produção retornou a nível próximo ao de dezembro de 2003. O recuo em maio foi 23,8% abaixo do ponto recorde alcançado em maio de 2011.
O setor industrial acumulou crescimento de 2% nos cinco primeiros meses de 2018, ritmo abaixo do resultado registrado até abril (4,5%). O índice acumulado dos últimos 12 meses, ao passar de 3,9% em abril para 3% em maio de 2018, assinalou redução na intensidade do crescimento e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
Entre as atividades mais afetadas, estão a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%) e de produtos alimentícios (-17,1%). Outras contribuições negativas relevantes vieram dos setores de bebidas (-18,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-13,0%) e de produtos de minerais não-metálicos (-14,3%).
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Em comparação com maio de 2017, a indústria recuou 6,6% em maio de 2018, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados.
Com informações do IBGE
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