Gravações de conversas telefônicas autorizadas pela justiça revelam como organização criminosa que envolvia os três Poderes de Rondônia operava para troca de favores e liberação de presos. A Operação Dominó, deflagrada na sexta-feira em Porto Velho pela Polícia Federal, culminou na prisão do presidente do Tribunal de Justiça (TJ), do ex-procurador-geral de Justiça e do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia. Ao todo, 23 pessoas foram presas na operação.
Entre os detidos estão Carlão de Oliveira (PSL), presidente da Assembléia, Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ, o ex-procurador-geral de Justiça e atual procurador José Carlos Vitachi, o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson de Souza Silva e o ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice-governador pelo PPS, na chapa do governador Ivo Cassol, Carlos Magno Ramos.
Investigações começaram em 2005
Em setembro de 2005, foram presos os assessores parlamentares Marlon Sérgio Lustosa Jungles, cunhado do presidente da Assembléia, Haroldo Augusto Filho, filho do deputado Haroldo Santos (PP) e Moisés José Ribeiro de Oliveira, irmão de Carlão e um dos organizadores do esquema.
Leia também
Em novembro, o ex-procurador-geral de Justiça José Carlos Vitachi negociou com Carlão de Oliveira para que a Assembléia aumentasse salários de procuradores e criasse mais vagas na Procuradoria.
Em troca seriam liberados os três presos. No mês seguinte a liberação foi aprovada, contrariando pareceres anteriores do TJ e do Ministério Público, pelo ex-presidente do TJ, Valter de Oliveira. Em um outro telefonema interceptado, foi anunciada a aprovação do pedido de aumento para juízes e desembargadores.
Deixe um comentário