“Quando eu digo que foi um projeto potencialmente bom é porque havia um potencial de ganho. Na sequência, o resultado foi muito ruim, porque não houve a revamp [preparação para refinar óleo pesado]. Então, não tem como esse projeto dar resultado positivo. Se você faz uma aquisição e já no ano seguinte precisa fazer a primeira baixa contábil, isso é muito ruim. No conjunto, se a gente soma o negócio potencialmente bom e olha toda a situação que aconteceu, definitivamente não foi um bom negócio”, disse Graça.
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Graça Foster explicou que as perdas registradas podem ser revertidas, mas que isso dependerá de uma reação do mercado, com melhora da margem de refino e aumento de consumo de derivados.
“As perdas da Petrobras podem ser revertidas total ou parcialmente. Mas, para isso, é preciso melhorar o potencial de refino, haver aumento do consumo de derivados e fazer novos projetos de investimentos”, disse Graça. Duas semanas atrás, ela prestou depoimento no Senado, quando admitiu que a compra tinha sido um mau negócio.
Na época da compra, a presidenta da República Dilma Rousseff presidia o conselho de administração da Petrobras e apoiou a aquisição. Em março último, Dilma afirmou que o fez com base em um parecer tecnicamente falho. Graça Foster negou falhas do conselho de administração da estatal no negócio.
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