Reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (7) informa que a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, atuou diretamente no processo de implementação da rede de gasodutos Gasene, que, segundo auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), teve superfaturamento de mais de 1.800% em um de seus principais trechos.
A auditoria aponta que a estatal criou empresa de fachada para construir o gasoduto, utilizando a sede de um escritório de contabilidade contratado para o negócio. A Petrobras nega “qualquer ligação societária” com a Transportadora Gasene.
De acordo com o jornal, documento assinado em 2007 por Graça Foster, então diretora de Gás e Energia, mostra que ela levou à diretoria executiva da estatal a proposta de aprovação de parcerias para a Transportadora Gasene. No texto, segundo o Globo, há informações que demonstram que a empresa era comandada, de fato, pela Petrobras. A reportagem sustenta que o documento chancelado por Graça mostra que a companhia comandou diretamente todas as principais ações da SPE (Sociedade de Propósito Específico), criada para gerir o negócio.
Segundo reportagem publicada domingo pelo O Globo, a auditoria do TCU concluiu que o contrato assinado em maio de 2005 entre a Transportadora Gasene, constituída pela estatal para tocar as obras, e a Domínio Assessores, indica que houve uma “engenharia financeira” para dar aspecto de empreendimento privado ao negócio com a criação de empresas de fachada.
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As cartas de atividade, de acordo com o Globo, instruem o presidente do Gasene a assinar contratos com a Transportadora Gasene no valor de R$ 1,9 bilhão, tanto para gerenciar o projeto quanto para construir parte dos dutos, e a assinar contrato de repasse junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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