Em entrevista à jornalista Daniela Lima, da Folha de S. Paulo, o tucano declarou que o PSDB não deve “nem sequer pensar em cargos”, e que Michel Temer “foi um instrumento desse governo que acabou com o Brasil” e “foi um parceiro permanente e ativo da gestão que fez o Brasil retroceder 20 anos”.
O posicionamento do presidente do PSDB vai de encontro aos acenos de alguns membros do partido para colaborar em um eventual governo Temer. O senador José Serra (PSDB-SP), por exemplo, é apontado como defensor do apoio da legenda e é inclusive cotado para assumir uma pasta estratégica na equipe do peemedebista, se ele tiver êxito nas suas articulações para assumir o lugar de Dilma.
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Aécio argumenta, porém, que a parceria do PMDB – partido presidido por Michel Temer – com o governo petista inviabiliza qualquer aliança. “Com a participação do PMDB, a máquina pública vem sendo degradada, ocupada, assaltada por membros de várias forças partidárias”, disse o senador mineiro. “Não nos negaremos a ajudar o Brasil naquilo que for essencial, mas será muito mais confortável fazermos isso por meio de uma agenda, sem pensar em participar de um governo que não sabemos de que forma se colocará”, completa.
Sobre o processo de impeachment, ao ser questionado se o Congresso teria autoridade para afastar Dilma – uma vez que os presidentes da Câmara e do Senado estão sob investigação por suspeita de envolvimento na Operação Lava Jato -, Aécio afirma que, apesar das adversidades, o Congresso ainda é o responsável por apreciar o processo de impeachment. “É óbvio que hoje o Congresso está maculado mas, ao meu ver, isso não retira da Câmara no seu conjunto, e tampouco do Senado, as suas prerrogativas constitucionais”, ponderou o tucano.
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