Mesmo com a entrega de sete ministérios ao PMDB, o governo Dilma teme que haja um movimento de alas opositoras dentro do partido pelo impeachment da presidente. O maior receio é de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dê andamento a um dos nove processos que ainda falta analisar na tentativa de desviar o foco desde que se tornou alvo da Operação Lava Jato. As informações são da Folha de S.Paulo.
Cunha tem denúncia aberta pela Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrupção. A acusação é de que ele recebeu US$ 5 milhões em propina de fornecedores da Petrobras. Ainda não houve decisão por parte do STF para abertura de processo contra o parlamentar.
Na semana passada, o Ministério Público da Suíça encontrou US$ 5 milhões em quatro contas de bancos no país que estão em nome de Cunha e de familiares, mas o deputado nega que tenha qualquer conta bancária no exterior.
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Para os governistas, as acusações contra o peemedebista enfraquecem o movimento pró-impeachment, mas o Palácio do Planalto acredita que Cunha seguirá determinado a fortalecer o processo contra Dilma, no intuito de desviar as atenções das denúncias contra ele e ter mais tempo para se defender.
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