Reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense nesta terça-feira (29) revela que o presidente Lula tem pressionado o Banco Central para que o Comitê de Política Monetária (Copom), cuja reunião começa hoje e termina amanhã, surpreenda o mercado e corte a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual e não em apenas 0,25 ponto.
Na avaliação do governo, a decisão do BC poderia abafar, de certa forma. o pífio resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano, que será divulgado na quinta-feira. O PIB mostrará que o país cresceu, naquele período, menos de 1% quando comparado aos três meses anteriores.
"Precisamos de um fato positivo, uma vez que, na semana passada, fomos prejudicados por notícias inesperadas, como o aumento do desemprego. Seria importante criarmos um fato favorável para nos contrapormos às críticas de que o crescimento econômico está baixo", informou um assessor de Lula.
Segundo a reportagem, de Vicente Nunes, a ação sobre o BC não é assumida oficialmente pelo Planalto. "Não há pressão direta. Apenas estamos ressaltando que, mesmo tendo caído de 19,75% para 14,75% desde setembro do ano passado, a Selic ainda continua muito elevada", desconversou o assessor.
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